- Pai não se opôs à brincadeira de menino com tigre, dizem testemunhas
- Delegado pedirá mais prazo para investigar ataque de tigre no Zoológico
- Menino atacado por tigre diz que pai "não sabia o que ia acontecer"
- Vídeo mostra homem acariciando tigre Hu no zoo de Cascavel
- Pai de menino atacado por tigre usa direito ao silêncio em depoimento
- Tigre Hu volta a receber visitantes e atrai curiosos em Cascavel
- "Era uma situação que estava sob controle", diz pai de menino atacado por tigre
O menino Vrajamany Rocha, de 11 anos, atacado por um tigre quando tentava alimentar o felino no zoológico de Cascavel, no Oeste do Paraná, no dia 30 de julho, ganhou um site, que está no ar desde quarta-feira (27). Chamado "Menino do tigre", a página na internet foi hospedada no endereço www.meninodotigre.com.br e nela Mônica Santos, mãe do menino, abriu um link para doações em dinheiro.
A mulher, que é funcionária pública em São Paulo, conta que pelas redes sociais percebeu que muitas pessoas gostariam de acompanhar o desfecho do incidente, a evolução clínica do garoto e como seria a vida dele pela frente. "Verificamos que muitas pessoas da rede social ficaram sensibilizadas e queriam ajudar de alguma forma", afirma Mônica.
Segundo ela, a ideia de pedir ajuda pela internet partiu de pessoas que sabiam das dificuldades financeiras da família. Mônica diz saber que algumas pessoas podem interpretar que ela esteja explorando financeiramente o trágico caso. "Algumas pessoas enxergam situações negativas onde não existem, porém, as manifestações de carinho, apoio e orações são tantas pela rede social - de pessoas que nem conheço pessoalmente - que presumo que todos estão nos apoiando", diz.
Na página não há nenhuma mensagem do garoto, apenas da mãe que gravou um vídeo apresentando o perfil dela e explicando os objetivos do site. Uma foto do garoto alimentando o tigre foi postada na capa, além de uma imagem atual dele já sem o braço que precisou ser amputado após ser dilacerado pelo animal.
Mônica conta que o menino ainda sofre com dores fantasmas no membro que foi retirado. "Isso nos assustou muito no começo", relata. À família, os médicos disseram que esse tipo de dor pode durar durante meses, mas exercícios ajudam a amenizá-la.
A partir da próxima semana, Vrajamany iniciará tratamento com uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisiatras, fisioterapeutas, entre outros.