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O tigre Hu vai poder ser visto no recinto do zoológico de Cascavel a partir desta terça (5) | Luiz Carlos Cadini / Secom
O tigre Hu vai poder ser visto no recinto do zoológico de Cascavel a partir desta terça (5)| Foto: Luiz Carlos Cadini / Secom
  • O pai do menino atacado pelo tigre foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso, e foi liberado em seguida

O pai do menino que teve o braço dilacerado pelo tigre do zoológico de Cascavel na semana passada afirmou mais uma vez que não viu o momento em que o filho pulou a grade de segurança que separa os visitantes das jaulas do tigre e do leão. Em entrevista ao programa Fantástico, exibido pela Rede Globo neste domingo (3), Marco Rocha disse também que quando percebeu a aproximação do filho viu "que era uma situação que estava sob controle" e, por isso, não exigiu que o garoto deixasse o local.

Na última quarta-feira (30), o menino, de 11 anos, foi atacado pelo tigre enquanto tentava alimentar o animal. Ele estava de férias em Cascavel e passeava no zoológico do município com o pai e o irmão mais novo, uma criança de três anos. Após o ataque, o garoto foi encaminhado ao hospital, onde teve o membro amputado.

"Eu estava muito tranquilo. As pessoas que estavam em volta se envolveram de certa forma, uma coisa bacana, curtindo a situação", declarou o pai à repórter do Fantástico. Abalado, o homem não confirmou se os demais visitantes que estavam por perto realmente o alertaram sobre o perigo da "brincadeira".

De acordo com Rocha, ele só mandou o filho sair de perto do tigre depois que viu o garoto se agarrar e começar a bater os pés na tela da jaula. Mesmo assim, o menino continuou na área isolada. "Quando aconteceu de novo que ele estava mexendo com o tigre eu estava com o pequenininho no colo. Foi um lapso de instante. De repente aconteceu aquilo", disse.

O pai contou ainda que após perceber o ataque correu para socorrer o filho. Ele disse que enfiou os dedos nos dois olhos do felino para que ele largasse o braço do garoto, mas sem sucesso.

Depois que conseguiu se desvencilhar do tigre, o menino foi deitado na grama por um dos visitantes do zoológico. "Sabe o que ele gritou a primeira hora que ele falou que estava sem braço? Ele falou assim ‘não mata o tigre’", relatou ainda o pai.

Pelas redes sociais, boatos de que o felino seria sacrificado após o acidente se transformaram em virais e até ao meio-dia desta segunda-feira 120 mil internautas haviam compartilhado a imagem de um tigre como protesto ao suposto sacrifício

Nesta segunda-feira, o advogado de Marco Rocha afirmou que vai mover uma ação judicial por danos morais e materiais contra a prefeitura, responsável pela administração do parque zoológico Danilo Galafassi. Em sua defesa, a prefeitura diz que o zoológico está regulamentado administrativamente e dentro das normais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar responsabilidades no caso.

Mãe diz não culpar o pai do menino pelo incidente

A mãe do menino afirmou que não culpa o ex-marido pelo ocorrido. A mulher, que preferiu não se identificar, disse que ele chora muito desde o dia do acidente e que, ao encontrá-la, pediu "perdão pelo amor de Deus".

Tigre volta à área de visitação

O tigre Hu, que na última quarta-feira (30) que atacou o menino retornou ao seu recinto habitual nesta segunda-feira (4). No entanto, como o estabelecimento está fechado, ele só poderá ser visto pelo público a partir de terça-feira (5).

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