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Santo André

Mais de 11 mil estiveram no velório de Eloá, diz prefeitura

Ana Cristina Pimentel vela o corpo da filha, Eloá | Reuters
Ana Cristina Pimentel vela o corpo da filha, Eloá (Foto: Reuters)

A prefeitura de Santo André, no ABC, afirma que 11,8 mil pessoas estiveram no velório da estudante Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, entre 15h e 21h30 desta segunda-feira (20).

Além do público que compareceu ao velório para prestar homenagens, os funcionários do Cemitério Jardim Santo André, em Santo André, no ABC, também tiveram trabalho para atender as ligações recebidas com ofertas de ajuda aos familiares da jovem.

A adolescente teve a morte cerebral decretada no sábado (18) à noite depois de ter sido mantida refém por 100 horas e baleada na cabeça pelo ex-namorado Lindenberg Alves, de 22 anos, na sexta-feira (17). De acordo com Altimar Augusto Fernandes, administrador do cemitério onde Eloá será enterrada, as ligações telefônicas chegaram a "mais ou menos 80 por hora" durante toda a tarde.

"São pessoas querendo ajudar de alguma forma, como pagar ou fazer a manutenção do jazigo de Eloá. Elas contam que se emocionaram com todo o drama vivido pela Eloá e tentam dar apoio de alguma forma à família", contou Altimar.

Um jazigo custa cerca de R$ 6 mil, mas a administração do cemitério fez a doação de um à família da adolescente. "Todo mundo tem dado apoio. A prefeitura (de Santo André), por exemplo, pagou o serviço funerário", afirmou.

Apesar da grande comoção gerada pelo desfecho trágico do cárcere privado de Eloá pelo ex-namorado, Altimar não esperava um movimento tão grande de pessoas durante o velório. "Creio que já passaram por aqui até as 20h umas oito mil pessoas", estimou. A Polícia Militar, por sua vez, considera que cerca de cinco mil pessoas compareceram ao cemitério até as 19h.

A PM controla o acesso do público ao local do velório. Um cordão foi montado para que as pessoas passem diante do caixão, mas não é permitido que elas parem para tirar fotografias, por exemplo. Alguns reclamam que a passagem ocorre muito rapidamente e, por isso, não é possível se despedir da menina. O tempo que o velório será aberto ao público depende de decisão da família.

Desde as 7h desta segunda-feira, 13 pessoas precisaram de atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no cemitério. Duas delas precisaram ser levadas para o Centro Hospitalar de Santo André – um homem alcoolizado e uma gestante.

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