Manifestantes que ocupam desde a sexta-feira (9) a Câmara Municipal do Rio e o presidente da Casa, Jorge Filipe (PMDB), não entraram em acordo em reunião ocorrida neste sábado (10) e a ocupação deve continuar por todo o fim de semana. Os dois lados decidiram realizar um novo encontro na próxima segunda-feira no qual os parlamentares irão avaliar e possivelmente votar as reivindicações dos manifestantes, descontentes com a CPI dos Ônibus na capital fluminense.
O ato é em repúdio à escolha de dois parlamentares do PMDB, mesmo partido do prefeito do Rio, Eduardo Paes, para comandar a CPI. Chiquinho Brazão e Uóston foram escolhidos, respectivamente, como presidente e relator da CPI. Nenhum dos dois votou a favor do requerimento do vereador Eliomar Coelho (PSOL) para a criação da comissão. A expectativa de quem acompanhava a sessão era que Coelho, na condição de autor do relatório, fosse escolhido para conduzir os trabalhos de investigação.
A informação foi passada pelo vereador Jefferson Moura (PSOL), que participou da negociação, que durou uma hora e meia. De acordo com Moura, o presidente da Casa se reuniu com 12 manifestantes e também outros vereadores.
Os manifestantes pediram duas horas para que os vereadores atendessem suas reivindicações. Enquanto isso, segundo Moura, os manifestantes disseram que permanecerão na ocupação.
A imprensa não teve acesso à reunião e o presidente da Câmara não falou com os jornalistas.
A pauta dos ocupantes tem cinco pontos: a anulação da sessão que decidiu pela presidência e relatoria da CPI dos Ônibus e realização de uma nova com acesso irrestrito do público; retirada dos vereadores Brazão e Uóston da presidência e relatoria; reivindicação de que só vereadores que votaram pela instalação da CPI participem dos trabalhos de investigação; que Coelho seja o presidente da comissão; e que todas as reuniões sejam públicas.
Nesse momento, há cerca de 30 pessoas na escadaria que dá acesso à Câmara em apoio aos 60 que se encontram no interior de edifício.
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