Os brasileiros já estão nas ruas para mais um dia de protestos por todo o país. Há manifestações programadas - ou já em andamento - em ao menos 80 cidades, 17 delas capitais. No Rio, três mil pessoas, de acordo com a PM, já se encontram na Praça da Candelária, de onde devem seguir, pela Avenida Presidente Vargas, até a sede da Prefeitura, na Cidade Nova. Há expectativa de que este protesto seja engrossado por outro grupo que se encontra, agora, nas proximidades do Maracanã, onde Espanha e Taiti jogam pela Copa das Confederações. Enquanto isso, taxistas que apoiam o protesto causam retenções no Centro da cidade.
Em Salvador, cerca de 20 mil pessoas se concentraram na Praça do Campo Grande e rumaram para a Arena Fonte Nova, que terá jogo às 19h pela competição da Fifa (Uruguai x Nigéria). Nos prédios das proximidades, muitos moradores estenderam panos brancos nas janelas, em sinal de solidariedade. A tropa de choque da PM bloqueou o caminho dos manifestantes que se dirigiam à Arena Fonte Nova com bombas de gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral na Avenida Joana Angélica, a cerca de dois quilômetros do estádio. O grupo de policiais está posicionado próximo ao Colégio Central e o Convento da Lapa, e os manifestantes tentam driblar a polícia. Além do grupo que seguiu pela Avenida Joana Angélica, um outro tenta se aproximar da Arena Fonte Nova pela avenida que contorna o Dique do Tororó, onde também se deparou com uma barreira da tropa de choque.
Brasília tem duas manifestações previstas para esta quinta. Uma delas atravessa agora a região próxima à Catedral e a marcha ocupa todas as pistas do Eixo Monumental. Recife, capital de Pernambuco, espera receber 100 mil pessoas - que confirmaram presença pelas redes sociais - no protesto suprapartidário "À luta, Recife". A polícia já confirmou oficialmente a presença de 36 mil participantes. Em São Paulo, foco inicial das manifestações, o Movimento Passe Livre, organizador das passeatas que tomam a capital paulistana há três semanas, concedeu entrevista coletiva para dizer que sua pauta original, a revogação do aumento das tarifas de ônibus e metrô, foi cumprida. Mesmo assim, uma multidão já se encontra no Mergulhão da Avenida Paulista para mais um protesto.
"A manifestação segue marcada e vai pontuar a vitória do povo na rua. É também contra a repressão. As pessoas não podem responder criminalmente por essa conquista", disse mais cedo a estudante Mayara Vivian, do MPL, referindo-se aos presos e indiciados durante os protestos.
Em Curitiba, O prefeito Gustavo Fruet anunciou na tarde desta quinta-feira a redução do preço da tarifa integrada de ônibus da capital paranaense de mais 13 municípios da Região Metropolitana. Neste momento, manifestantes ocupam a avenida Marechal Deodoro, uma das principais do centro da cidade.
Em Vitória, os manifestantes se concentram na Universidade Federal do Espírito Santo, de onde planejam sair em passeata pelas principais ruas da capital capixaba. No percurso, devem passar pela Assembleia Legislativa e pelo Tribunal de Justiça. Por enquanto, tudo transcorre com tranquilidade. Um outro grupo de manifestantes está reunido na cidade de Vila Velha, na Grande Vitória, e deve sair em passeata nos próximos minutos. O grupo planeja atravessar a Terceira Ponte andando para encontrar os manifestantes que estão na capital.
Em Maceió, cerca de cinco mil pessoas marcham de forma pacífica. Ainda assim, a Assembleia Legislativa acabou sendo fechada. Funcionários temem que o prédio seja invadido. Os manifestantes estão posicionados na Praça Centenário, de onde seguirão para o centro da capital alagoana, a dois quilômetros dali. Muitos manifestantes já empunham cartazes com críticas ao governo Dilma e à Copa do Mundo, além de pedir o fim da corrupção.
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