Paraná tem quase mil casos
O último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) mostra que já foram confirmados 973 casos de dengue no estado, do dia 1º de janeiro até 26 de fevereiro. Os dados foram divulgados na quinta-feira (4) pela Sesa. Dos 973 confirmados, 806 são autóctones, ou seja, a infecção aconteceu dentro do Paraná, e 167 são importados.
Das 22 regionais de saúde do estado, 10 registraram casos autóctones. A região de Maringá (Noroeste) é a que concentra o maior número de infecções contraídas dentro do estado, 297. Em seguida aparece a regional de Foz do Iguaçu (Oeste), 211, e Londrina (Norte) com 104 casos.
Até o dia 26 de fevereiro aconteceram dois casos de febre hemorrágica por dengue e uma pessoa morreu.
Os casos confirmados de dengue dobraram em Maringá na última semana. Dados publicados pela Secretaria Municipal de Saúde nesta sexta-feira (5) mostram que há 327 pacientes contaminados. Há uma semana, esse número era de 154 - crescimento de 112%, portanto. A Prefeitura, porém, alerta: o aumento está relacionado à velocidade com que os exames em suspeitos ficam prontos, e não ao crescimento da contaminação na cidade.
Há ainda outro dado alentador: os casos descartados, que estavam em 71, subiram para 691. Além disso, o número de notificações cresceu relativamente pouco na última semana, passando de 969 para 1.162. Ainda sim, a situação preocupa, já que no ano passado inteiro houve 69 casos da doença no município.
O secretário municipal da Saúde, Antônio Carlos Nardi, diz que a melhor estratégia para a população combater a doença é acabar com os pontos de água parada, que servem de criadouro para o mosquito. Ele ressalta que é preciso atenção constante da população e que a secretaria tem feito esforços para conscientizar os moradores da cidade.
Disque Dengue
Os vereadores de Maringá aprovaram, na sessão de quinta-feira (6), um projeto que cria um serviço telefônico exclusivo para a denúncia de focos do mosquito. Chamado de Disque Dengue, o serviço também deve oferecer orientações para o combate à doença.
A proposta é da vereadora Marly Martin Silva (DEM) e, para que se tornar realidade, precisa ser novamente aprovada pelos vereadores e então sancionada pelo prefeito Silvio Barros (PP). "Hoje a Vigilância Sanitária tem de percorrer a cidade inteira para identificar os focos. Essa linha telefônica vai facilitar a participação do cidadão no combate ao mosquito", diz Marly.
Atualmente, o cidadão pode denunciar a presença de focos à ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, que dispõe de um telefone geral, que também recebe outros tipos de chamada (44 3218-3191). É possível ainda entrar em contato com a ouvidoria do município (156), igualmente genérica. Marly acredita que um número específico para a dengue aceleraria o trabalho. Já a assessoria de imprensa da Prefeitura afirma que o projeto criaria mais burocracia e dificultaria o trabalho.