Membros da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Maringá e Ministério Público estiveram em Marialva, no Noroeste do estado, para visitar a delegacia da cidade e tiveram péssima impressão do local. "É um absurdo. Cinco presos dividem um cúbico de dois metros por três em um ambiente degradante", concluiu o presidente da OAB Maringá, César Moreno.
Os detentos não têm espaço para dormir e alguns chegam a ser acorrentados fora das celas. "Os cinco presos que ficam no cubículo dividem a cela improvisada sem luz, ventilação, banheiro e água. A delegacia é desprovidada totalmente de qualquer tipo de segurança."
Segundo Moreno já existe uma liminar judicial que determina a transferência dos presos, a interdição da cadeia e a construção de uma nova unidade ou reforma da já existente, mas o governo estadual ainda não a cumpriu. "Sabemos que a determinação da Justiça chegou hoje (8) na procuradoria do estado. Vamos aguardar para que isso ocorra o mais rápido possível", disse Moreno.
Uma mulher detida nesta semana teria ficado por mais de uma hora e meia algemada à porta da cela masculina, enquanto era negociada a transferência para outra delegacia da região.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp), mas ninguém retornou a ligação para comentar o caso.
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