Especialista explica que maior parte das áreas verdes de Maringá enfrenta problemas

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O Recanto Borba Gato, fechado há seis anos, virou um problema para os vizinhos, pois os macacos que vivem no local reviram o lixo em torno do parque a procura de comida. Além disso, o espaço que já serviu para o lazer da população, hoje serve como depósito de entulho. O recanto foi fechado em 2004, quando houve um surto de leishmaniose. A doença é transmitida por um mosquito que vive na mata, e segundo a Secretaria de Saúde, o risco de novos casos não está descartado. Por essa razão o local tem que permanecer interditado.

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O inseto que transmite a doença não pode ser combatido com veneno, assim como se faz com o mosquito da dengue, pois isso acarretaria prejuízos ambientais.

Enquanto o espaço não pode ser liberado, os moradores relembram os bons tempos em que podiam desfrutar do recanto. "A gente já havia feito três aniversários naquele salão que era bem cuidado", disse a moradora Otilia Coutinho. Ela se referia ao local antes usado para festas, mas que está abandonado e sem telhado. O playground que havia ali também foi retirado.

Lixo

O local tem mata e fauna preservada, o que não significa que o solo não esteja poluído com lixo e entulho. Quando a manutenção estrutura era feita adequadamente, o local era orgulho para os moradores, mas hoje em dia há bastante reclamação. "Aqui é um bairro tão bonito e essa reserva eu acredito que tenha que ser conservada, mas isso não está acontecendo", disse a moradora Madalena de Souza

O lixo ainda se concentra do lado de fora das cercas, o que atrai os animais silvestres que procuram comida. Segundo os moradores, os macacos que vivem no local reviram o lixo e deixam tudo espalhado.

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A equipe do Paraná TV flagrou que o quintal da casa onde vive o caseiro do parque, pago pela Prefeitura e que deveria cuidar do local, também estava cheio de entulho. A família do funcionário justificou que a refeitura ficou de retirar o lixo, o que foi feito somente após a reportagem entrar em contato com a Secretaria de Obras Públicas (Seop). O morador foi advertido por deixar entulho espalhado.

Parque do Ingá

Com a suspeita de que macacos estariam contaminados com febre amarela, o Parque do Ingá fechou suas portas pouco mais de um ano. Mesmo com a constatação - feita três meses depois - de que não havia perigo para a saúde humana, um dos principais pontos turísticos de Maringá permanece fechado para visitações. Em meio ao clima de mistério, a prefeitura alega que o parque segue inacessível ao público por conta de obras que estão sendo feitas no local.

Segundo o secretário municipal de meio-ambiente, Diniz Afonso, o acesso não está sendo permitido para "não estragar a surpresa". "A revitalização está sendo feita de forma que, quando reabrirmos o local, a população verá um parque novo e totalmente diferente do que elas têm em mente", explicou.

Apesar de não liberar acesso ao parque, a prefeitura explicou que o trabalho que vem sendo realizado no local deve reabrir o parque em julho. Segundo nota encaminhada pela assessoria de imprensa, a prefeitura vem estudando a revitalização do Parque do Ingá desde 2005, mas que uma série de fatores causou o atraso nas obras. "A reabertura não depende só da prefeitura. Existem fatores externos que interferem no cronograma, como prazos de licitação, autorização do Ibama, condições climáticas", destacou Diniz Afonso.

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