1ª etapa será estendida em Maringá
Uma série de imprevistos atrasou a primeira etapa da vacinação contra a gripe A H1N1 em Maringá. O trabalho, que neste primeiro momento é voltado para alguns profissionais de saúde e índios, deveria terminar na última sexta-feira (19), mas será estendido por prazo indeterminado. A coordenadora da vacinação na cidade, a enfermeira Edlene Aceti Goes, estima que sequer a metade do público-alvo tenha sido imunizada.
Todos os postos de saúde contam com doses da vacina contra nova gripe
- RPC TV Cultura
A 2ª etapa da imunização contra gripe A começou nesta segunda-feira (22), e já houve correria aos postos de vacinação em Maringá. A sala de vacina da Secretaria Municipal de Saúde ficou lotada a maior parte da manhã. Aproximadamente 33 mil doses devem ser distribuídas para população da cidade nessa etapa da campanha. Até o próximo dia 2 de abril, gestantes, crianças com idade entre 6 meses e 2 anos e doentes crônicos poderão ser imunizados gratuitamente contra a doença.
A secretaria orienta que não é preciso desespero. "Não há necessidade de se dirigirem somente para secretaria. Todos os postos estão realizando a vacinação no horário normal de atendimento", explicou Edlene Loureiro Aceti Góes, coordenadora de controle de imunobiológicos da Secretaria de Saúde.
Entre os doentes crônicos a serem vacinados estão os portadores do vírus da aids, as pessoas com menos de 60 anos com problemas de coração, pulmão, rins, fígado, câncer, diabéticos e obesos. As grávidas podem receber vacina em qualquer mês de gestação. As crianças de 6 meses a 2 anos vão receber uma dose dividida em duas vezes, sendo que a segunda meia dose será administrada 30 dias após a primeira.
"Principalmente a associação de doenças. Diabetes e cardiopatia. A hipertensão associada à cardiopatia ou doenças pulmonares respiratórias e HIV positivos. Todos são doentes crônicos e têm garantia da dose da vacina", explicou Antonio Carlos Nardi, secretário de saúde de Maringá.
Segundo o Ministério da Saúde, dos 4.434 casos confirmados em 2009, 21,6% (957) apontaram alguma condição crônica. O grupo das doenças crônicas do pulmão, como a asma grave, foi o mais frequente, com 20% dos casos. Entre os casos com alguma condição crônica associada, 60,3% desenvolveram quadros graves e 20,6% morreram.
Os cidadãos devem estar munidos de documento de identificação com foto e o cartão de vacinação. Os pais devem levar o cartão de vacinação dos bebês. A meta do ministério é imunizar 80% do grupo da segunda etapa, o que corresponde a 13 milhões de pessoas.
Maria Eugênia levou os gêmeos, Vitor Hugo e Vinícius, e aconselha que as mães não percam tempo. "A gente tem que cuidar, já que a vacina é de graça. Pra que deixar para mais tarde?", disse em entrevista ao Paraná TV. As grávidas, grupo que foi um dos mais atingidos durante o surto da na voa gripe ano passado, também estão sendo imunizadas nesta etapa da campanha. "A segurança que te passa é muito melhor", disse Elene da Silva, gestante.