Enquete realizada na última semana no site da RPC TV Cultura mostra que 61% dos maringaenses preferem que o prédio da Rodoviária Velha de Maringá seja restaurado em vez de demolido, como planeja a Prefeitura. O portal perguntou aos internautas: "O que você acha que deve ser feito com a antiga rodoviária de Maringá?" A opção "deve ser demolida para construção de outro prédio no local" foi escolhida por apenas 39% dos participantes. A alternativa vencedora foi "Deve ser restaurada por ser um patrimônio da cidade", com 61% dos votos. Ao todo, o site recebeu 20.006 votos.
Embora a enquete não tenha rigor científico, mostra que o assunto é bastante controverso. "Eu vim na inauguração dessa rodoviária e hoje com tristeza a gente vê caindo no chão", disse um senhor entrevistado pela equipe do Paraná TV. Outra senhora se diz favorável à derrubada. "Isso está enfeiando a cidade."
A prefeitura de Maringá começou na semana passada os trabalhos de remoção de materiais da Estação Rodoviária Américo Dias Ferraz, a Rodoviária Velha. Segundo o secretário municipal de Serviços Públicos, Vágner Mussio, assim que esta etapa for concluída, será iniciada a demolição do local, que deve abrigar um centro cultural.
Em entrevista para o JM, Mussio explicou que o município fará a retirada de todo o material que poderá ser reaproveitado, como luminárias, ferragens, portas, entre outros. Somente após esta fase dos trabalhos é que a pasta deve apresentar quais serviços devem ser terceirizados na demolição, o que deve ocorrer nesta semana.
Como a definição desses serviços não foi divulgada a tempo, o edital de licitação para as obras de demolição não foi divulgado na semana passada, como desejava procurador jurídico do município, Luiz Carlos Manzato. "O edital deve atrasar alguns dias. Estamos aguardando a posição da Secretaria de Serviços Públicos para fazermos o orçamento e concluir o edital, que pode ser divulgado na próxima sexta-feira (28)".
Condôminos recorrem de decisão judicial
Na última terça-feira (18), O juiz a 4ª Vara Cível de Maringá, Alberto Marques dos Santos, manteve a decisão que concedeu posse provisória do prédio para a prefeitura. Diante disso, os antigos condôminos da rodoviária apresentaram nesta quinta-feira (20) um recurso no Tribunal de Justiça do Paraná, com pedido de efeito suspensivo.
"A prefeitura está tomando ações como se tivesse a posse definitiva do local. Portanto, decidimos recorrer para impedir esses atos", disse o advogado do grupo, Alberto Abraão Vagner da Rocha. Ele ainda adiantou que diante da "pressa" da prefeitura em demolir o local, tomará outras medidas.
Alguns lojistas ainda não retiraram seus pertences da antiga rodoviária. Segundo o secretário dos Serviços Públicos, as equipes ainda não estão trabalhando na área das lojas. No entanto, caso seja necessário, os materiais serão levados para um espaço onde os antigos condôminos farão a retirada.
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