Entidades que fazem parte do Fórum Maringaense pelo Direito à Cidade
ARAS Associação de Reflexão e Ação Social
Observatório das Metrópoles/Núcleo RMM
Academia de Arquitetos e Engenheiros Euclides da Cunha
SENGE/PR - Sindicato dos Engenheiros
STEEM Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia Elétrica de Maringá e Região Noroeste do Paraná
PCA/UEM Programa Multidisciplinar de Estudos, Pesquisa e Defesa da Criança e do Adolescente
MNMMRMovimento Nac. de Meninos e Meninas de Rua/Comissão Maringá
AMLGBT Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros
Associação Comunitária Jardim Montreal e Indaiá
IPEGESP Instituto Paranaense de Estudos Geográficos, Econômicos, Sociológicos e Políticos
Pastoral da Criança
Gazeta Maringaense
SISMMAR Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá
CEEDH Coletivo de Estudos e Educação em Direitos Humanos
Associação Comunitária Vila Santo Antônio
Associação de Moradores Liberdade
SOMA Ambiental
CERAUP Centro de Apoio à Agricultura Urbana
CUT Paraná
TTC Terra, Trabalho e Cidadania
Conselho Arquidiocesano de Leigos e Leigas de Maringá
Associação de Moradores do Jardim Alvorada
ONG Instituto Memória Paraná
NUCRESS Núcleo Regional de Serviço Social
O Fórum Maringaense pelo Direito à Cidade (FMDC) está organizando para a próxima sexta-feira (28) às 15 horas, uma manifestação contra a prefeitura de Maringá, que está conduzindo o processo de demolição da Estação Rodoviária Américo Dias Ferraz, a Rodoviária Velha. Uma das ações programadas é a produção de um documentário sobre a destruição do local, que foi construído na década de 1960.
Segundo uma das coordenadoras do FMDC, Ana Lúcia Rodrigues, a produção ficará por conta do Observatório das Metrópoles e as gravações serão feitas nos próximos dias, inclusive durante o protesto. "Vamos contar com equipes para colher imagens da rodoviária e para gravar depoimentos da população. Perguntaremos para as pessoas sobre suas ligações com aquele prédio. Todo mundo tem algo para contar sobre a antiga rodoviária, que tem um valor histórico imenso".
Além do documentário, as 24 entidades envolvidas no grupo pretendem preencher o alambrado erguido no local com mensagens de despedida, flores, faixas e cartazes. "Cada associação ou sindicato poderá se manifestar livremente para dar adeus à rodoviária velha. Infelizmente, o autoritarismo com que foi conduzida essa questão praticamente impossibilita que a demolição seja revertida", destacou a coordenadora.
Para Ana Lúcia, a manifestação também marcará o início de uma nova campanha, a de impedir que a prefeitura repasse o terreno da antiga estação para grupos privados. "Não admitimos que um bem público seja transferido para a iniciativa privada. Aquele espaço é do povo e a população precisa ser consultada para decidir o que vai ser feito no local".
O procurador jurídico do município, Luiz Carlos Manzato, negou a possibilidade de que o terreno seja usufruído por uma entidade privada, afirmando que a prefeitura está necessitando de espaços públicos. Uma das pretensões do município com a demolição da rodoviária é a de construir um centro cultural.
FMDC pede cancelamento da demolição
Desde o última quinta-feira (20), as equipes da prefeitura iniciaram a retirada de todo o material da rodoviária que poderá ser reaproveitado (como luminárias, ferragens, portas, entre outros), trabalho que antecede a demolição do local. A decisão foi tomada depois que o juiz a 4ª Vara Cível de Maringá, Alberto Marques dos Santos, concedeu posse provisória do prédio para a prefeitura.
Apesar do início dos trabalhos no local, o FMDC ainda fez um último apelo. Em nota, o grupo solicita prudência à administração municipal. "A prefeitura está agindo numa zona de sombreamento entre medidas judiciais pró e contra a demolição, o que pode acarretar sérios prejuízos para a cidade e os cofres públicos. Além disso, a própria demolição requer que se respeite exigências técnicas e legais determinadas para esse tipo de procedimento, como sua fiscalização por órgãos competentes, a definição de um técnico que acompanhe e responda pela intervenção e o atendimento a normas de segurança do trabalho. Aspectos que precisam ser esclarecidos para o caso em questão".
Ainda de acordo com as entidades, existe uma ilusória atmosfera de resolução e unanimidade em torno da questão. "Há diferentes propostas para o destino da área da antiga rodoviária, interesses envolvidos que precisam ser considerados e informações que a PMM deve à população. A demolição se inicia sem esse debate e, portanto, sem que a população saiba efetivamente que uso a PMM pretende para a área e a própria origem dos recursos que foram depositados em juízo para indenizar os proprietários do edifício, bem como seus impactos sobre os cofres públicos".
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