Quem precisava de soro na veia teve que segurar o recipiente com a medicação| Foto: Reprodução TV Cultura

O Hospital Municipal de Maringá ficou superlotado nesta sexta. 80% dos pacientes tinham sintomas de dengue

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A procura por atendimento de pacientes com sintomas de dengue dobrou nos últimos dias no Hospital Municipal de Maringá (HM), segundo estimativa da direção. Só nesta sexta-feira (5), aproximadamente 400 pessoas buscaram a unidade de saúde, sendo que 80% apresentavam febre e dores musculares, características de dengue. Para piorar o situação, algumas pessoas buscaram o HM com suspeita da nova gripe.

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O advogado Sergio Pereira pode ter sido vítima das duas doenças. O quadro de dengue já foi confirmado e agora ele fará exames para verificar se também está com a gripe A. "Isso é um alerta para a população, que tome mais cuidado. Eu sempre fui saudável, mas agora me pegou no contrapé", disse ele.

Os demais pacientes lotavam os corredores. Até mesmo os que já haviam sido medicados tinham dificuldades em conseguir um espaço para se acomodarem. "O atendimento está lento pelo volume de gente. Precisamos da colaboração de todos", disse uma enfermeira entrevistada pelo Paraná TV. As pessoas que precisavam ficar no local para receber soro na veia tinham que segurar os recipientes por conta própria. "A gente fica até mais tarde e pede para os colegas para ajudar porque a demanda tem sido muito grande", disse a médica Carolina do Nascimento.

Boletim da nova gripe

O novo boletim da gripe A, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, nesta sexta-feira (5), mostra que há três pacientes internados em Maringá, com suspeita de contaminação pela nova gripe. Desde janeiro até esta data, foram notificadas 125 suspeitas, e 12 foram descartados por exames em laboratório. Contudo, o último boletim estadual sobre a doença indica que duas pessoas morreram dentro da 15ª regional, que compreende Maringá e cidades da região.

O Ministério da Saúde começa na próxima segunda-feira (8) a primeira etapa da campanha de vacinação contra a nova gripe. 7.126 doses estão disponíveis para 30 municípios da região. Durante esta fase inicial, serão atendidos os trabalhadores da rede de atenção à saúde, profissionais envolvidos na resposta à pandemia e a população indígena.

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Segundo o chefe da Vigilância em Saúde da 15ª Regional, Dirceu Vedovello Filho, todos os municípios estão com a vacina garantida, no entanto, as doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde podem não atender toda a demanda em algumas localidades: "Tem municípios em que a quantidade de doses está maior do que o público que precisa ser vacinado, mas também tem cidades que podem ter dificuldade com a quantidade de doses que está definida", revelou.

Já a partir da próxima etapa (voltada para gestantes, doentes crônicos e crianças entre seis meses e dois anos de idade), a população terá a disposição vacina nas duas mil unidades básicas de saúde de todo o Estado, além de postos móveis que podem ser organizados pelos municípios. "Todo o andamento será sustentado com base nos sistemas já utilizados por outras campanhas de imunização, como a contra a poliomielite e também da rubéola", informa comunicado repassado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Até a tarde da última quinta-feira, ainda não havia sido concluído o planejamento para a vacinação em Maringá. Segundo a coordenadora de vacinas da Secretaria municipal de Saúde, Edilene Goes, o plano só será definido após o retorno do secretário da pasta, Antônio Carlos Nardi, que não se encontrava na cidade.