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Hospital Psiquiátrico

Paraguaio continuará internado em Maringá até que parentes sejam localizados

O paraguaio que está internado há um ano no Hospital Psiquiátrico de Maringá só receberá alta quando o Consulado do Paraguai localizar seus familiares, no país vizinho. De acordo com o promotor de Proteção dos Direitos Humanos e de Combate à Sonegação de Maringá, Maurício Kalache, a decisão busca preservar a saúde do paciente, que, embora já possa receber alta, necessita de cuidados.

Segundo Kalache, o Ministério Público (MP) vai apurar se o diagnóstico de que o paraguaio tem problemas mentais foi preciso. Como não existe certeza, ele deverá continuar no hospital, já que, se for liberado, terá de ir para um abrigo, onde não há profissionais de saúde nem os medicamentos de que supostamente precisa. "Como ele aparentemente sofre também de alcoolismo, a liberação pode fazer com que ele volte a consumir bebidas alcoólicas."

Kalache acrescenta que, assim que o Consulado do Paraguai localizar os familiares, o paciente será enviado para a casa deles. O tratamento, então, continuará, mas de forma ambulatorial, caso o diagnóstico dos médicos esteja correto. "Vamos apurar a veracidade do diagnóstico, porque nos questionamos como um médico pode descobrir um problema psiquiátrico, quando o paciente não fala português."

Dúvidas

Em reunião realizada na sexta-feira (29), envolvendo a Associação Indigenista Maringá (Assindi), o Ministério Público e o Hospital Psiquiátrico e um tradutor, conclui-se que o paciente fala guarani.

Por conta da língua, o promotor diz acreditar que o paciente é indígena. No entanto, na reunião do dia 29 de maio, o paciente não teria se identificado como índio para um tradutor. Nessa mesma conversa, ele teria dito que é da cidade de San Juan e que saiu de lá para viajar pelo mundo.

Nesta semana, o Ministério Público Federal abriu um procedimento para apurar se o paciente é, de fato, um indígena. A promotora Eloisa Helena Machado está à frente dessa investigação. Na próxima semana, uma antropóloga que integra a equipe deverá vir para Maringá, para dar uma resposta a essa questão.

O caso

O caso chegou à imprensa no fim de maio, causando polêmica e trazendo muitas dúvidas. Tudo começou quando uma estagiária do hospital, que é indígena, notou que o paciente também era indígena. A partir de então, várias especulações ganharam espaço. A principal dúvida era se o índio tinha sido levado para o hospital por ter problemas mentais ou porque ninguém conseguia entender o que ele falava.

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