- Mesmo com desistência, Sarandi decide manter protesto contra recebimento de lixo
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Moradores de Sarandi lotaram a Câmara de Vereadores na tarde desta quinta-feira (23) para acompanhar a votação da lei que tratava do recebimento do lixo de Maringá no aterro da cidade vizinha. O texto enviado pelo prefeito Milton Martini (PP) foi rejeitado pelos vereadores por unanimidade. O resultado foi considerado positivo pelo líder dos moradores Alfredo Peres de Souza. Segundo ele, o texto não atendia aos anseios da população, visto que não proibia de forma efetiva a entrada dos resíduos maringaenses em Sarandi.
O protesto na Câmara de Sarandi foi mantido, mesmo depois do anúncio oficial da Prefeitura de Maringá afirmando que não tinha interesse em enviar o lixo para lá. "Desistiram (de enviar o lixo) porque viram que a população se mobilizou. Caso contrário, eles já tinham até data marcada para começar", disse Souza, presidente da Associação de Moradores de Sarandi.
De acordo com o presidente da Câmara de Sarandi, Cilas Moraes, os vereadores estudam outra lei sobre o mesmo assunto, mas que deve passar antes pelas comissões da casa e pela assessoria jurídica. "Essa lei não surtiria efeito. Vamos analisar o assunto com mais calma", explicou. Os vereadores de Sarandi estão em período de recesso e voltam a partir de 3 de agosto.
A Prefeitura de Sarandi disse, por meio da assessoria de comunicação, que ainda não recebeu a informação da rejeição do projeto e só vai se manifestar depois do comunicado oficial.
A Prefeitura de Maringá negou interesse em enviar o lixo da cidade a Sarandi por meio de nota oficial, nesta quarta (22). O comunicado foi emitido depois de uma série de protestos dos moradores de Sarandi, que incluiu autoridades.
A proposta
Na semana passada, a empresa coletora de lixo Central Regional de Tratamento de Resíduos Pajoan, de Sarandi, e secretários municipais de Maringá firmaram um acordo para Sarandi receber os resíduos sólidos urbanos de Maringá. De acordo com Instituto Ambiental do Paraná (IAP), falta uma autorização do órgão para que o trabalho seja iniciado.
A nota publicada no site da prefeitura, negando o interesse, vai contra as informações repassadas à imprensa pelo Secretário do Meio Ambiente de Maringá, Diniz Afonso, e pelo IAP. Na semana passada, a hipótese era considerada tanto pela secretaria do meio ambiente como pelo IAP.
Diniz Neto afirma agora que o aterro controlado de Maringá, localizado na Gleba Ribeirão Pinguim vai continuar recendo o lixo. O aterro não é licenciado pelo IAP e a prefeitura tem prazo estipulado pela Justiça até o dia 28 de outubro para escolher novo local e fazer o tratamento ideal dos resíduos urbanos.