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Médicos selecionados para atuar em Pernambuco desistem de programa federal

Antes mesmo do primeiro dia de atendimento, o Recife já registrou hoje (2) problemas com mais da metade dos 12 profissionais selecionados para trabalhar na cidade pelo programa Mais Médicos: duas desistiram, quatro não se apresentaram e uma quer ser transferida para Alagoas.

De acordo com a Secretaria de Saúde do município, as desistentes trabalhariam em unidades no Alto do Pascoal e no Jordão Alto, bairros pobres do Recife. Elas não tiveram os nomes divulgados e, até o início da noite, não haviam informado o motivo da desistência.

Segundo a prefeitura, três médicos não foram encontrados e um disse que se apresentaria até quarta-feira. Na manhã de hoje, apenas quatro médicos participaram da cerimônia de boas-vindas promovida pelo Ministério da Saúde no Recife.

A sanitarista alagoana Adeisa Toledo Lyra disse que espera conseguir uma transferência para alguma cidade em seu Estado.

A capital pernambucana era a última de suas seis opções de destino quando se inscreveu no Mais Médicos.

Aos 81 anos, a mãe da médica não anda, e Lyra disse que trazê-la para o Recife seria "um transtorno". "Não sei como vou fazer. Vou tentar remanejamento", afirmou a sanitarista.

O caso dela será analisado pelo Ministério da Saúde. À tarde, ela conheceu o posto do Alto Santa Terezinha, na zona norte do Recife, para onde foi escalada.

Segundo o Ministério da Saúde, os 1.096 médicos brasileiros deveriam ter se apresentado nesta segunda-feira aos gestores dos municípios onde trabalharão a partir de amanhã.

Eles entregaram o termo de adesão ao programa e a documentação pessoal às administrações municipais e conheceram seus novos locais de trabalho.

O Ministério da Saúde informou que somente após o dia 12 de setembro terá um balanço nacional dos casos de desistência. Os municípios têm até essa data para confirmar o início do trabalho.

Quem não se apresentou hoje terá que justificar a falta e negociar o tempo não trabalhado. O ministério exige que os médicos cumpram carga-horária semanal de 40 horas.

Os profissionais estrangeiros devem começar a trabalhar nas unidades de atenção básica no próximo dia 16.

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