Há oito anos, um crime envolvendo crianças chocou Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Uma menina de apenas 4 anos foi assassinada por duas amigas de 10 e 11 anos, que chegaram a simular uma agressão sexual. Como prevê o ECA, as duas foram encaminhadas para um abrigo do município, mas ficaram lá poucos meses. Hoje o poder público não sabe onde as duas estão. Na época, as famílias se mudaram da Vila Zumbi, onde ocorreu o assassinato, e desde então não há notícias. A diretora da escola onde elas estudavam, Terezinha Nunes, conta que as garotas não tinham comportamento diferente dos demais, o que causou um choque quando a autoria foi divulgada.
A história das duas tem pontos em comum: viviam em famílias desestruturadas e violentas, com familiares alcoólatras e agressivos. Elas contaram que decidiram matar a menina porque ela sempre pedia comida. Chegaram a fazer tratamento psicológico e foram acompanhadas pelo Conselho Tutelar. Mas os conselheiros são eleitos e há uma mudança a cada três anos; assim, os atuais integrantes não sabem nada sobre o caso. Na Secretaria de Ação Social do município também não houve continuidade do acompanhamento, já que os familiares teriam se mudado para outra cidade. A promotora do caso, Danielle Thomé, conta que houve dificuldade para encontrar tratamento para as garotas, porque o município e o estado não tinham estrutura. "Infelizmente o quadro de hoje é semelhante em todo o país. Os jovens acabam se tornando adultos precocemente e têm um amadurecimento negativo", avalia.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião