O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira (7) que não será possível, no cenário do “inevitável ajuste fiscal”, cumprir todas as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Ele deu o exemplo da meta 20, que prevê o investimento de 10% do PIB na Educação em 2024.
“Mesmo com os recursos do fundo social do pré-sal e dos royalties do petróleo, que foram aprovados quando eu era ministro da Educação, não será possível atingir essa meta. Isso vai exigir muito planejamento e interlocução entre os gestores públicos e todos que militam na educação”.
A declaração, dada durante a transmissão do cargo no MEC, coincide com o que declarou o ex-ministro da pasta Renato Janine Ribeiro, em entrevista ao GLOBO publicada hoje. Janine afirmou que a crise, aliada a outros problemas, atrasará o cumprimento do PNE. Mercadante também repetiu o ex-ministro, citando-o, sobre a questão da greve de professores. Ele defendeu um debate sobre os limites dos grevistas, num momento em que o país passa por dificuldades e que os profissionais da iniciativa privada estão sendo despedidos.
O novo ministro anunciou reformulações em uma série de programas, muitos dos quais criados por ele próprio, como o Programa de Alfabetização na Idade Certa. Ele também definiu que novas diretrizes para construção de creches sejam feitas. E anunciou que constituirá uma comissão para criar novos critérios de avaliação dos cursos de pós-graduação.
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