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| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Com as fortes chuvas registradas nos últimos dias, as cenas de alagamentos em Curitiba, principalmente nas regiões centrais, têm sido constantes. Diante do grande volume de chuva registrado na capital, imagens dos bairros Água Verde, nas proximidades na Avenida Iguaçu, e na Avenida Visconde de Nacar, no Centro, chamaram atenção pelos alagamentos registrados. E isso ocorreu mesmo com obras, como os dois “piscinões” implantados na Praça Afonso Botelho, a “Praça do Atlético”, que funcionam como reservatórios de água da chuva.

De acordo com o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Renato Lima, os alagamentos dos últimos dias foram causados pelo grande volume de chuva. Ele afirmou que os reservatórios têm limite de armazenamento. “Quando chove muito intensamente, é normal que os alagamentos aconteçam. Mas da mesma forma que as vias enchem rapidamente, por conta das obras, a água acumulada se esgota rapidamente também”, afirmou.

Os “piscinões” funcionam como “garagem”, que armazena a água da chuva e evita que ela abasteça os rios de forma muito rápida - canos grandes conduzem o que chega aos bueiros do entorno e desemboca nos reservatórios, que contam com tubulações bem menores, e escoam a água mais lentamente e em volume menor.

Ainda de acordo com o secretário, com a impermeabilização do solo nas grandes cidades e a falta de conscientização na destinação do lixo por parte da população, os alagamentos tendem a ser mais constantes. “O bueiro é o primeiro lugar por onde a água escoa. Quando há lixo, a passagem fica restrita, facilitando o acúmulo de chuva”, comentou.

Além dos piscinões, a Secretaria Municipal de Obras informou que uma série de intervenções estão sendo realizadas para evitar alagamentos na capital. Entre as obras de macrodrenagem, contenções de concreto estão sendo executadas para o controle de cheias do Rio Pinheirinho. Outras duas intervenções estão sendo realizadas no Rio Barigui.

Obras de drenagem foram realizadas no Rio Guaíra, Bacacheri-Mirim e Belém, além dos córregos Estribo Ahú, Areãozinho e Diamantina. Também foram substituídas as galerias da Avenida Vicente Machado, entre a Coronel Dulcídio e Desembargador Motta para evitar alagamentos na Praça da Espanha, no Batel.

Locais com rios canalizados sofrem mais

Outro local que sofre constantemente com alagamentos é a Avenida Visconde de Nacar. Lima afirma que locais como esse apresentam uma tendência maior de alagar, por serem chamados de planíces de inundação. “Nestes locais é evidente que uma chuva intensa faz com que o rio transborde e os alagamentos ocorram. Por isso é importante que os bueiros estejam limpos”, disse.

A solução, de acordo com o secretário, é fazer a naturalização dos cursos hídricos, com a descanalização dos rios. Contudo, obras antigas que colocaram em canais de concreto parte dos rios Água Verde, Juvevê e Belém, por exemplo, e todo o Rio Ivo, seriam quase impossíveis de serem revertidas.

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