As últimas 75 fazendas paranaenses que estavam no entorno dos focos de febre aftosa, decretados pelo Ministério da Agricultura (Mapa), foram liberadas nesta quinta-feira (19). Em entrevista coletiva, o ministro Luís Carlos Guedes Pinto anunciou, em Curitiba, que o estado reconquistou a condição de área livre da doença com vacinação. O reinício das exportações ainda depende da aprovação de órgãos internacionais.
As fazendas são da região de Loanda, no Noroeste do estado, e foram responsáveis por 66% dos 6.781 animais sacrificados em todo o estado. Agora, os proprietários podem voltar a movimentar e vender o rebanho no mercado interno.
O ministro afirmou que o Paraná cumpriu todas as exigências para reconquistar o reconhecimento de área livre de aftosa: "Suspendemos todas as sanções sanitárias no estado". Desde outubro do ano passado, quando foi anunciada a suspeita da contaminação do rebanho, o estado ficou impedido de exportar os carne para outros países. Alguns estados também impediram a entrada do produto paranaense.
Estimativa da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) aponta que a redução das exportações de carnes (bovinos, suínos e aves) e a queda nos preços da carne provocaram prejuízo de R$ 180 milhões aos agropecuaristas. Segundo o Sindicarne, o Paraná deixou de exportar cerca de R$ 630 milhões em carnes. Parte foi encaminhada ao mercado interno.
Supeitas
Nenhum teste, contudo, comprovou a existência da doença no estado. A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) contestou a posição do Mapa ao afirmar que não existiam focos de aftosa no estado. Houve uma disputa entre os dois órgãos. A secretaria chegou a divulgar que estaria sendo pressionada para assumir a doença.
O ministro preferiu não falar sobre questões do passado. Já o secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, explicou: "houve um acordo de cavalheiros para que não fosse criado nenhum constrangimento. Temos que olhar para o futuro".
Exportações
O anúncio feito pelo Mapa nesta quinta-feira não libera o Paraná a voltar a exportar. Ainda é preciso da aprovação de órgãos internacional. Guedes Pinto informou que enviará um relatório para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) com os detalhes sobre os procedimentos adotados no estado em no máximo duas semanas.
A estimativa do ministério é que o assunto seja discutido em dezembro pela OIE. Mas a decisão final pode ficar somente para a próxima reunião, a ser realizada em março. O Mapa estuda ainda pedir uma reunião extraordinária caso o certificado internacional de área livre da aftosa não seja aprovado neste ano.
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