Cerca de 20 moradores do bairro Caximba, de Curitiba, se reuniram em frente ao prédio que abriga as Varas da Fazenda Pública da capital, na tarde desta quarta-feira (8). Durante a manhã, a Organização Não-Governamental Aliança para o Desenvolvimento Comunitário da Caximba (Adecom) impetrou uma ação civil pública, com pedido de liminar, no Fórum Cível pedindo para que não seja implantado o Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar) na Caximba. O novo sistema substituirá o antigo aterro sanitário responsável pelo depósito do lixo de Curitiba e cidades da região metropolitana.
Segundo Jadir Silva de Lima, presidente da Adecom, das 13h às 15h foi feita uma divulgação para as pessoas que passavam pela esquina entre as Ruas Mauá e João Gualberto, no bairro Alto da Glória, do por que a ONG ter entrado com uma liminar contra o Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos, que reúne Curitiba e mais 16 municípios da região metropolitana.
Os manifestantes estavam com cartazes e apitos para chamar a atenção das pessoas que passavam pelas calçadas. O movimento foi pacífico e não houve registro de confusões. O atual aterro da Caximba está com a capacidade praticamente esgotada. O Consórcio Intermunicipal ainda não definiu a área onde ficará o novo sistema de processamento do lixo. No mês de abril, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) concedeu uma licença prévia para o uso de duas áreas que poderiam abrigar o lixo gerado pelas 17 cidades que formam o Consórcio.
As duas áreas liberadas previamente pelo IAP ficam no próprio bairro da Caximba e em um terreno em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana. O bairro da Caximba já é usado há 20 anos como aterro sanitário e os moradores afirmam não querer mais esse ônus.
"Queremos que a opinião pública tome conhecimento do nosso sofrimento. A prefeitura quer colocar mais um aterro no nosso bairro. Demos solução por 20 anos para o lixo e agora o Consórcio, que tem 17 cidades, deve achar outro município para dar o destino final dos resíduos", definiu o presidente da Adecom.
Liminar
De acordo com a advogada Ana Luiza Chalusnhak, do Escritório Rodrigues de Souza e Chalusnhak Advogados Associados, que representa a ONG Adecom, o pedido de liminar foi encaminhado para a juíza Vanessa Camargo, da 4.ª Vara da Fazenda Pública.
"Nós conversamos com a juíza e ela disse que até a segunda-feira (13) deve ter alguma novidade sobre o nosso pedido de liminar", explicou a advogada Ana. Ela afirmou que a liminar pede a proibição da instalação do novo sistema de lixo no bairro Caximba.
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