A Estrada do Iguatemi, na zona leste de São Paulo, está bloqueada na manhã desta quinta-feira (27), próximo à Avenida Ragueb Chohfi, para a reintegração de posse de uma área conhecida como Fazendo do Carmo, ocupada por cerca de 75 famílias.
O terreno pertence à Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), do governo estadual. Os moradores alegam que só foram avisados da reintegração de posse nesta segunda-feira (23). Durante a madrugada, as famílias fizeram barricadas e queimaram carros em protesto contra a ação da polícia, que respondeu com bombas de efeito moral.
A situação está sob controle da polícia e as famílias que ocupam o terreno devem se retirar durante a manhã e esvaziar a área.
Uma segunda reintegração de posse ocorre no quilômetro 19 da Rodovia dos Imigrantes. Cerca de 60 famílias, segundo a Central de Movimentos Populares (CMP), ocupam um terreno que está sob concessão da empresa Ecovias, que administra a rodovia.
A retirada está sendo feita também nesta manhã e não há registro de confronto até agora. Por volta das 7h20, havia 1 quilômetro de lentidão na rodovia na região próxima da operação.
PMs jogam bombas dentro de condomínio da CDHU em SP
Folhapress
Policiais Militares lançaram várias bombas de efeito moral dentro do condomínio Fazenda do Carmo, da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), na região de Guaianazes, zona leste de São Paulo, por 4h30 desta quinta-feira (27).
Os policiais estavam em confronto com moradores de um terreno de mais de 900 mil metros quadrados invadido por cerca de 200 famílias na Estrada do Iguatemi, que fica ao lado do condomínio.
A manicure Alessandra de Paula dos Santos, 38, que mora em um dos prédios, estava dormindo quando ouviu o barulho das bombas. Segundo ela, o marido desceu para procurar o filho de 14 anos que estava ajudando na mudança de uma amiga da família que mora na ocupação.
“Abri a janela do meu quarto e entrou a fumaça da bomba que foi atirada por cima do muro. Eu passei mal e acho que eles não deviam fazer isso”, falou.
A rua parecia um campo de guerra com ao menos dez carros e um caminhão incendiados por moradores que tentavam impedir a reintegração de posse. A medida que os policiais avançavam, alguns sem-teto jogavam pedras contra a PM, que revidava jogando bombas de efeito moral.
Moradores da região reclamam que podem nem sair de casa para trabalhar devido o confronto.
Por volta das 5h, ainda era possível ouvir barulho das bombas de efeito moral.
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