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O presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, Antônio Siqueira, disse que o assassinato da juíza Patrícia Accioli ocorrido hoje "é um ataque à democracia brasileira". "É uma tentativa de intimidar os magistrados no cumprimento do dever constitucional de combater o crime organizado. Não vamos nos intimidar e precisamos dar uma resposta imediata", afirmou Siqueira.

A juíza Patrícia Acioli, de 47 anos, foi morta com vários tiros, quando se aproximava da entrada do condomínio onde residia, em Niterói. A polícia acredita em emboscada e crime encomendado. A juíza estava sem seguranças quando foi atacada.

O presidente da associação também pediu a criação de uma força-tarefa de juízes para o combate às milícias e demais máfias organizadas na comarca de São Gonçalo, onde a juíza atuava. Esses grupos são suspeitos de terem cometido o crime como retaliação.

Entre algumas decisões da juíza, está a prisão de policiais militares de São Gonçalo que sequestravam traficantes e, mesmo depois de matá-los, entravam em contato com familiares e comparsas exigindo dinheiro para soltura. A juíza também decretou a prisão preventiva de policiais militares acusados de forjar confrontos com bandidos, mortos durante a abordagem. Segundo o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), Manoel Alberto Rebelo dos Santos, Patrícia havia recebido várias ameaças de morte.

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