A investigação contra quatro funcionários do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage), de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, tinha um homem falecido há 14 anos e 8 meses na lista de suspeitos, ou seja, um ano antes da fundação do Cescage. O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) informou que o nome dele já foi retirado da investigação.
Os quatro acusados, que são suspeitos de desviar R$ 40 milhões da faculdade, permanecem detidos até o próximo domingo (3), quando acaba o prazo da prisão temporária. O Cescage é uma instituição de ensino superior privado que tem cerca de três mil alunos e é considerado o maior dos Campos Gerais.
Antônio Marcowicz, já falecido, foi citado na fase de investigação do Cope. "Não posso afirmar com certeza, mas existe a possibilidade de alguma conta dele ter sido usada no esquema", afirmou o delegado do caso, Cassiano Aufiero. O delegado disse ainda que quando o nome dele foi checado no sistema da Polícia Civil, não constava a informação de que se tratava de alguém falecido.
Marcowicz é pai da diretora financeira da instituição, Ivete Marcowicz, que está presa temporariamente. O advogado de Ivete, Rodrigo di Piero Mendes, considerou a inclusão do morto na lista de investigados como uma falha da Polícia Civil. A morte dele ocorreu antes do período investigado, que é de 2009 a 2012.
O delegado pediu e a Justiça acatou a prorrogação da prisão temporária dos acusados, que estão na sede do Cope em Curitiba. O grupo foi preso na última sexta-feira (22) e, conforme Aufiero, está sendo reservado um dia para cada depoimento. Nesta quinta-feira (28) será ouvida a sócia administrativa da instituição, Júlia Streski. Além dela e de Ivete, estão presos o consultor Jorge Karan e a contadora Zilmari Viechinieski.
A polícia abriu inquérito por formação de quadrilha, falsidade documental, estelionato e lavagem de dinheiro.
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