Em Assembleia Geral realizada na noite desta terça-feira (25) na Praça Rui Barbosa, Centro de Curitiba, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) decidiu pela paralisação do transporte coletivo a partir da 0h desta quarta-feira.
De acordo com o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, a paralisação atingirá toda a frota de veículos, incluindo os cerca de 20 madrugueiros que circulam a partir da meia-noite.
A decisão vai contra a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9) desta terça (25) que exige que 70% da frota seja mantida em horários de pico e 40% nos demais horários.
Durante a assembleia, Teixeira alegou que o Sindimoc ainda não foi notificado da decisão. "Nós estamos aguardando a notificação para definir como iremos cumpri-la", declarou.
Ao todo, a classe conta com aproximadamente 12.400 trabalhadores.
A assembleia começou às 20 horas e reuniu cerca de 3 mil trabalhadores. De acordo com o presidente do Sindimoc, a greve será mantida até que as exigências da categoria sejam aceitas.
"A categoria esperou a proposta do sindicato patronal até as 20 horas de hoje. Caso contrário, nós já tínhamos avisamos que entraríamos em greve a partir da zero hora. E é o que estamos fazendo", declarou Teixeira.
A classe reivindica o reajuste salarial e o aumento do vale-refeição, além de outras 76 exigências que constam na pauta do sindicato. A pauta inclui um pedido de ganho real de 16% para motoristas e 22% para cobradores.
Em reunião na semana passada, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) ofereceu um reajuste salarial conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que não foi aceito pela categoria.
Na época, o Setransp alegou em nota para a imprensa que não tinha condições financeiras de atender aos trabalhadores e que não apresentou novas propostas.
Tarifa de ônibus
O anúncio de paralisação ocorre um dia antes de a Urbs e as empresas dos consórcios responsáveis pelo transporte coletivo decidirem pelo reajuste na tarifa cobrada ao usuário, que pode aumentar ou não ainda neste ano.
Segundo a Urbs, os gastos com pessoal e benefícios equivalem a 33% da tarifa técnica.