- Maior protesto contra aumento da tarifa em SP dura quatro horas
- Em Paris, Alckmin, Haddad e Temer criticam destruição em protesto
- Manifestantes tentam arrecadar R$ 20 mil para fiança de detidos
- 85 ônibus foram danificados durante o protesto contra aumento da tarifa
- Grupo protesta em Paris e chama Alckmin de "vândalo"
- Tarifas de ônibus da rede não integrada da RMC terão redução de R$ 0,10
- Manifestantes farão novo ato contra tarifa no Rio
Em reunião com o Ministério Público Estadual nesta quarta-feira, dia 12, líderes do Movimento Passe Livre (MPL) concordaram com uma espécie de "cessar-fogo" para evitar novos protestos marcados para esta quinta-feira, 13. Os manifestantes prometem evitar outra interrupção no trânsito em troca de uma suspensão, por 45 dias, do aumento no valor da tarifa, que passou de R$ 3 para R$ 3,20.
Estado e Prefeitura, porém, afirmam que não haverá uma suspensão imediata. A avaliação, ao menos no governo do Estado, é de que a proposta soou como uma chantagem. Mas, oficialmente, o Palácio dos Bandeirantes informou que só comentaria a proposta após recebê-la oficialmente.
O promotor público Maurício Ribeiro Lopes, da Promotoria de Habitação e Urbanismo da capital, foi incumbido de negociar uma forma de evitar a manifestação marcada para as 17h desta quinta, com concentração no Theatro Municipal. Ele promete levar nesta quinta-feira um documento assinado pelas lideranças, firmando o compromisso, para o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que retornam de Paris, na França, onde defendiam a candidatura da capital como sede da Expo 2020.
Rio de Janeiro
Manifestantes planejam para esta quinta-feira, 13, à tarde mais um protesto contra o aumento da tarifa de ônibus no Rio. A concentração está marcada para as 17 horas, na Candelária, centro da capital fluminense. Após a série de incidentes registrados na noite desta terça-feira, 11, em São Paulo, que terminou com 20 presos e dezenas de feridos, os organizadores do protesto desta quinta-feira no Rio se preparam para o enfrentamento com a polícia.
Agenda da presidente Dilma Rousseff programada para esta quinta à tarde na cidade, que coincidiria com o horário marcado para o início de mais um protesto contra o aumento do tarifa de ônibus, foi cancelada e transferida para sexta-feira, 14. "A gente espera que o ato tenha um maior número de pessoas, e está tomando medidas de segurança para se defender. A gente sabe que a polícia começa agredindo, e a gente vai preparado para isso", disse nesta quarta-feira um manifestante que pediu para não ser identificado. Ele participou do protesto que reuniu 300 ativistas na segunda-feira, 10, no Rio, quando 34 - 9 adolescentes - foram detidos.
Repercussão
A onda de protestos contra o aumento das tarifas de transporte público, cujo principal confronto aconteceu na noite desta terça-feira, 11, em São Paulo, tem repercussão nos principais veículos de informação do exterior. As imagens de quebra-quebra nas ruas da capital paulista chamaram a atenção fora do País e, nesta quarta-feira, 12, um pequeno grupo de brasileiros protestou em Paris contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o PT.