| Foto: Cesar Machado/Especial para a Gazeta do Povo/

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocupou duas praças de pedágio na BR-277, na região Oeste do Paraná, na manhã desta segunda-feira (3) e liberou a cobrança da tarifa. Motoristas estão passando sem pagar nos postos de Cascavel e Laranjeiras do Sul. No primeiro, cerca de 150 integrantes do movimento estão no local. No segundo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que são 200 manifestantes.

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A manifestação é nacional e o movimento ocupa vários prédios do Ministério da Fazenda espalhados pelo Brasil. O ministro da pasta, Joaquim Levy, é um dos principais alvos das manifestações, mas o MST não esconde o descontentamento com a política da presidente Dilma Rousseff (PT). “A Dilma está no poder, mas não tem o poder. A gente sabe que ela também tem culpa disso [atraso no programa de reforma agrária]. Se ela lembrasse de onde veio, dos movimentos populares, ela se lembraria mais do povo e mandava essa burguesia para outro lugar”, diz Geni Teixeira, uma das líderes do movimento na região Oeste do Paraná.

A manifestação do MST seguirá até as 16 horas e, segundo a líder do movimento, nesse período ninguém irá pagar a tarifa nos pedágios. Ao movimento diz que os protestos são contra a burocratização da terra, por mais crédito para assentamentos e incentivos a projetos agroecológicos. Somente na região Oeste existe, segundo o MST, cerca de mil famílias em acampamentos aguardando por um pedaço de terra.

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MST invade Ministério da Fazenda em protesto contra ajuste fiscal de Levy

Estadão Conteúdo

Com uma faixa pendurada no Ministério da Fazenda dizendo “Fora, Levy!”, manifestantes do Movimento Sem-Terra (MST) invadiram o prédio na manhã desta segunda-feira (3), às 5h30. Eles reivindicam por reforma agrária e escolheram o local para criticar também as medidas de ajuste fiscal, promovidas pelo ministro Joaquim Levy. A entrada principal do prédio e a portaria oficial do ministro estão bloqueadas e tomadas por barracas. O primeiro andar do prédio também foi ocupado.

De acordo com Kelly Mafort, representante nacional do MST, o movimento permanecerá no local por tempo indeterminado, até que as solicitações sejam atendidas. “Temos que mexer no centro da economia. Nossa pauta é ligada ao Incra, mas sabemos que foi prejudicada pelo ajuste fiscal. O governo precisa assentar as famílias”, disse.

Diversos ônibus chegam a todo momento ao ministério trazendo novos grupos de pessoas para se juntarem aos manifestantes que já estão no local. Segundo Kelly, são esperados 2 mil manifestantes. Estão sendo distribuídos lanches e colchonetes.

Em decorrência da invasão, a Receita Federal cancelou a entrevista que daria nesta manhã para fazer um balanço aduaneiro do primeiro semestre de 2015. De acordo com a Receita, a entrevista será remarcada e a nova data divulgada em breve.