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A Delegacia da Mulher (DM) de Curitiba investiga a possibilidade de o marido ser o responsável pela morte da auxiliar administrativa Andressa Souza do Amaral, na última terça-feira (13), no bairro Ahú. O caso engrossa o número de suspeitas de feminicídio na capital, que registrou pelo menos três mortes com a suposta ligação de gênero no último mês.

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A morte da auxiliar administrativa ocorreu por volta das 16h25, na Avenida Anita Garibaldi, no bairro Ahú. A delegada Ana Carolina Hass de Miranda Castro, responsável pelo caso, disse que o corpo da vítima foi encontrado com marcas de esganadura e de golpes, que podem ter sido desferidos com o uso de um martelo.

Segundo a polícia, o marido fugiu logo após o crime, no carro da vítima. Segundo a família, Andressa já vinha se queixando por causa do relacionamento.

“A família toda tinha conhecimento da relação conturbada que Andressa estava enfrentando. Ela vinha sofrendo a ameaças, mas não chegou a procurar por ajuda”, contou a delegada. A polícia levantou que o marido da auxiliar administrativa já tinha sido investigado por agressão em outro relacionamento.

Caso demorou 48 horas para chegar à Delegacia da Mulher

A investigação sobre a morte de Andressa Souza do Amaral foi assumida pela Delegacia da Mulher somente dois dias após o crime. Especialistas apontam que as 48 primeiras horas depois da ocorrência são essenciais para a investigação.

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Contudo, a delegada Ana Carolina afirma que a demora da transição não prejudicou o serviço da polícia porque todos os precedimentos necessários, como visita ao local do crime e escuta de testemunhas, foram realizados pela equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que assumiu as primeiras investigações.

“Quando a gente tomou conhecimento do crime, a autoria ainda era desconhecida”, afirma a delegada. Ela disse que, antes que a DM se responsabilizasse pelo caso, era preciso um indício de ligação de crime doméstico. “Mas nada foi perdido nesse trâmite”, garante.

Feminicídios constantes

A morte da auxiliar administrativa registrada em Curitiba na terça-feira engrossa as estatísticas de feminicídio no Paraná, que, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), está acima da média nacional nos casos de mortes de mulheres causadas por violência doméstica. Segundo o levantamento são 6,49 feminicídios para cada 100 mil mulheres no estado, contra 5,82 mortes da média nacional.

Na semana passada, uma comerciante de 34 anos foi morta pelo ex-marido em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ela foi assassinada a tiros. O namorado dela também foi atingido pelo ex-marido da vítima, que se matou após cometer o crime.

Há pouco mais de um mês, a fisiculturista Renata Muggiati morreu após cair da janela do apartamento onde morava, no centro de Curitiba. O caso ganhou repercussão por causa de uma mensagem supostamente postada pela jovem no Facebook, na qual anunciava que iria se suicidar. Contudo, a Polícia Civil investiga a participação do namorado de Renata no crime. Ele foi preso treze dias depois e liberado na madrugada desta sexta-feira.

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