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No dia seguinte ao susto que passou em uma praia do Guarujá, a 87 km de São Paulo, a auxiliar de enfermagem Lílian Souza de Oliveira Crochi, voltou para casa, na cidade de Santo André, Grande São Paulo, neste sábado (2). Na sexta-feira (1), ela passou quatro horas como refém de um criminoso armado, na Praia da Enseada.

Ela brincava com o filho na praia quando tudo aconteceu. O marido tinha ido ao banco. Lílian disse que percebeu um cheiro de maconha e avistou o criminoso. Quando policiais que passavam pela região abordaram o homem fumava maconha, "ele sacou uma arma, mandou os policiais virarem e me catou", conta Lílian. Ela mandou o filho correr e a criança fugiu para um quiosque próximo.

Ela ficou cerca de quatro horas em poder do bandido. Evangélica, a vítima conta que o segredo de ter conseguido enfrentar a situação foi ter orado bastante e conversado com o suspeito sobre Deus. "Eu falava para ele assim: 'eu sei que você não é mau'. Perguntava sobre a família dele." Ela contou que o homem afirmou que a mãe era traficante e que tinha uma filha de dois anos.

"Tortura"

Muito abalada, a mãe de Lílian disse que soube o que estava acontecendo com a filha por um telefonema do genro. "Ele ligou eram umas 15h. Estava muito abalado e não conseguiu falar comigo direito. Quem me contou o que estava acontecendo foi um policial", falou Romilda Souza, de 46 anos, que, como a filha, também é auxiliar de enfermagem.

Como mora em Mauá, ela disse que pegou o carro com o marido e em 40 minutos estava na praia, vendo a filha ao lado do criminoso. Segundo Romilda, o momento mais tenso foi com os policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). "Eu me desesperei naquela hora. Fiquei com medo de que alguém disparasse contra a minha filha", disse.

Após o tumulto, a mãe conseguiu abraçar a filha ainda na praia e a acompanhou até o 1º Distrito Policial do Guarujá, no Centro da cidade. "Não vejo a hora de irmos embora. Subir a serra. Esquecer, a gente não vai. Mas pelo menos vamos tocar a vida para frente", disse.

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