Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) indicam que a violência no bairro do Grajaú, na zona norte do Rio de Janeiro, diminuiu desde a implantação da primeira Companhia de Polícia de Proximidade (Cipp) da Polícia Militar (PM) em 24 de fevereiro deste ano. Em março, abril e maio, o modelo de polícia de proximidade obteve melhorias nos índices de roubos de rua sem que fosse necessário o disparo de tiros.

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A estratégia da Secretaria de Estado de Segurança é implantar Cipps na Região Metropolitana, em tentativa de aproximar o policial militar do cidadão e reduzir as incidências criminais. As próximas Cipps serão instaladas em Santa Rosa (bairro de Niterói, cidade na Região Metropolitana) e na Tijuca (zona norte).

No Grajaú, os roubos gerais caíram 28%, de 496 para 353 casos, de março a maio deste ano em relação ao mesmo período de 2014. Os assaltos a pedestres diminuíram 23%. Houve redução nos roubos de celulares (de 22 para 10) e de carros (54 para 40). O ISP é vinculado à Secretaria de Segurança.

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O projeto das Cipps é prioritário na política estadual de segurança. Desde março já houve cinco reuniões do comitê gestor, que inclui o Estado Maior da PM e o comando do Batalhão da Tijuca, responsável pela Cipp do Grajaú.

“O índice de assaltos no bairro caiu muito. Tivermos bons resultados, as pessoas estão se sentindo mais seguras ao andar por certas ruas”, afirmou o presidente da Associação de Moradores do Grajaú, Lupércio Ramos.

Há moradores, entretanto, ainda inseguros no período noturno. “À noite eu não vejo policiamento. Passa um carro de polícia ou outro. Se for no fim de semana então, o Grajaú à noite fica muito deserto”, afirmou a estudante Ana Carolina Miranda, de 23 anos, que já foi roubada duas vezes no bairro.

A implementação de novas companhias semelhantes está atrasado. No fim de fevereiro, a Secretaria previa até junho mais duas Companhias de Policiamento de Proximidade, em Niterói e na Tijuca. Nenhuma delas, até agora, foi implantada.

Na Tijuca, a companhia está em “processo de planejamento para implantação”, disse o comandante do 6º Batalhão de PM, tenente-coronel Marcelo Rocha. “Não posso dizer o prazo, mas a gente não abandonou essa segunda fase”. Já em Niterói, uma Cipp entraria em funcionamento em março em Santa Rosa, bairro de classe média. Até agora não foi inaugurada. Segundo a prefeitura da cidade, a Cipp terá sede fixa, que ainda será construída.

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