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Fetranspar

Novos pedágios “escancaram” incompetência do governo, diz federação

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) repudiou, em nota divulgada nesta sexta-feira (10), a criação de novas praças de pedágio no Paraná. Segundo a federação, as novas concessões "escancaram a incompetência do governo federal".

Para o diretor executivo da Fetranspar, coronel Sérgio Malucelli, todos os usuários das estradas brasileiras já pagam por rodovias bem conservadas. "Isso não passa de um roubo. Pagamos R$ 0,28 por litro de gasolina e 0,07 por litro de óleo diesel, é uma grande bolada que é arrecadada todos os anos e não tem o destino correto", argumentou se referindo a Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide).

Outro ponto levantado por Malucelli é que quem mora em Curitiba deve ficar "preso" na cidade. "Para sair daqui será preciso passar por uma praça de pedágio, seja para cidades do Paraná onde já existem pedágio, ou para outros estados", ressaltou na nota.

Novos pedágios

Três novos trechos de rodovias que cruzam o Paraná serão privatizados já em março do ano que vem. O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu liberar na quarta-feira (8) o processo de concessão de um total de sete trechos de estradas federais à iniciativa privada. O Paraná será um dos estados mais atingidos pela decisão.

Os trechos de rodovias que serão privatizados no Paraná serão na BR-116 (Régis Bittencourt) entre São Paulo e Curitiba, novamente na BR-116, entre Curitiba e Lages, em Santa Catarina, e na BR-376/101, que liga a capital paranaense a Florianópolis-SC. Também serão leiloados trechos da Rodovia Fernão Dias, entre São Paulo e Belo Horizonte.

O edital que definirá quem administrará as estradas ficar pronto já em dezembro, com a realização do leilão prevista para março de 2007. No total serão de 2,6 mil quilômetros passando pelos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ainda vai analisar os termos da decisão para verificar se todos os pontos que estavam sendo discutidos com o tribunal foram contemplados.

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