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Morte no Haiti

Número de visitas a cemitério do Água Verde é 5 vezes maior após enterro de Zilda Arns

Flores depositadas no túmulo de Zilda Arns, no Cemitério Água Verde, em Curitiba | Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Flores depositadas no túmulo de Zilda Arns, no Cemitério Água Verde, em Curitiba (Foto: Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Centenas de admiradores de Zilda Arns visitaram o túmulo da missionária nos dias seguintes ao enterro. A administradora do Cemitério Municipal do Água Verde, Maria Cristina Gueroca, estima que, no domingo (17), mais de 300 pessoas passaram pelo local para prestar homenagens à fundadora da Pastoral, seis vezes o movimento registrado normalmente. "Em um domingo normal, o fluxo é de cerca de 50 pessoas pelo cemitério", diz Maria Cristina.

O reconhecimento do trabalho de Zilda já havia sido demonstrado pela população durante o velório, no Palácio das Araucárias, por onde passaram mais de sete mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar (PM). Diversas autoridades, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vieram a Curitiba para o último adeus à médica.

Na chegada do corpo da médica para o sepultamento, no fim da tarde de sábado, um grupo de aproximadamente 200 pessoas que aguardava em frente ao Cemitério Municipal do Água Verde aplaudiu, em um gesto de homenagem. O enterro foi acompanhado de longe pelos populares, que não puderam entrar no local.

Às 7 horas do domingo, horário em que o cemitério abre, começaram as primeiras visitas ao túmulo. "Gente de todas as idades, desde crianças até idosos, vieram. Algumas em grupos, outras individualmente. E a maioria deixou flores para a doutora Zilda", conta a administradora do cemitério, que acompanhou o movimento no local o dia todo. A emoção dos visitantes, segundo ela, era a mesma de quem presta condolências aos próprios familiares.

Nesta segunda-feira (18), Maria Cristina conta que também houve visitas ao túmulo de Zilda.

O Cemitério Municipal do Água Verde está localizado na Praça Sagrado Coração de Jesus, na Avenida Água Verde, e fica aberto de segunda a domingo, das 7 às 18 horas. No local, existem cerca de 18 mil túmulos.

A tragédia

Zilda morreu na terça-feira (12), aos 75 anos, vítima do forte terremoto que abalou o Haiti. A informação foi divulgada na manhã de quarta (13) pelo gabinete do senador Flávio José Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, e confirmada pela Presidência da República.

A médica havia chegado a Porto Príncipe no último domingo (10) para um encontro com bispos e realizaria uma palestra sobre a Pastoral da Criança na Conferência Nacional dos Religiosos do Caribe.

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