Não basta ampliar o acesso à grande e criar um canal de comunicação com os cidadãos, como uma ouvidoria, site ou aplicativo. Uma cidade conectada é aquela em que o poder público também é capaz de r esponder com agilidade o cidadão e também de incorporar a demanda como um elemento de conhecimento, de adaptação necessária para a evolução do ambiente urbano. Um exemplo mais prático? Uma queixa sobre um ponto de alagamento. É preciso que a administração municipal não só alerte a Defesa Civil sobre o problema emergencial envolvido na questão e dê uma resposta imediata ao cidadão, mas também incorpore a informação de forma a tomar atitudes que venham a prevenir que aquele alagamento aconteça novamente.
“Essa via de mão dupla é importantíssima. Da mesma forma que o serviço público fornece informações também tem de receber isso de novo, para mitigar e prevenir problemas que possam surgir. É disso que se trata a resiliência de uma cidade, a capacidade de se adaptar [e combater os problemas]”, explica Rodrigo Grigoletti, diretor de Desenvolvimento de Negócios de IoT (Internet das coisas) na área de Indústria e Sociedade da Ericsson na América Latina.
O novo Índice de Cidades com Sociedades Conectadas, lançado pela companhia sueca em colaboração com a consultoria internacional Sweco nesta semana, tem a ambição de ser uma nova ferramenta, um tanto a frente dos rankings de cidades inteligentes já conhecidos. Em sua quinta edição, a avaliação procurou não só comparar as 41 cidades entre si, mas verificar se a performance de cada uma está dentro dos limites ambientais preconizados mundialmente. Assim, a proposta não é apenas implantar novas tecnologias, mas reavaliar o que foi feito até aqui em busca de um espaço urbano realmente sustentável.