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Cento e dezesseis pessoas foram presas pela polícia de Mato Grosso na região de fronteira entre o Brasil e a Bolívia, durante os 14 dias da Operação Gênesis II. O número é três vezes maior em relação à primeira edição: 39, segundo a polícia. Ao todo, 983 quilômetros de fronteira alagada e seca, na divisa entre o estado e a Bolívia, foram monitorados pelas forças policiais com o objetivo de reprimir crimes, entre os quais, o tráfico internacional de drogas.

A Operação Gênisis envolveu mais de 600 pessoas em uma força-tarefa e resultou na apreensão de 77 armas; 677 munições; 400 gramas de droga; 12 armas, 14 veículos, cumprimento de 41 mandados de prisão. Os números foram apresentados nesta quarta-feira (10), em Cuiabá, pela Secretaria de Justiça de Mato Grosso.

Em menos de 20 dias, as ações realizadas na região de fronteira, e nos 28 municípios que estão inseridos na faixa, acarretaram ainda na apreensão de R$ 6,4 mil; US$ 1,5 mil e Bs$ 479 em pesos bolivianos.

O secretário de Justiça, Diógenes Curado, ressaltou que os resultados foram satisfatórios, mas reconheceu que a extensão da fronteiriça entre Mato Grosso dificulta o combate. Dos 983 quilômetros, 750 quilômetros são de área seca e outros 233 alagados.

"A questão de fronteira não é o limite, mas todos os municípios que fazem parte. Os problemas não estão apenas em uma linha e por isso fizemos um trabalho forte dentro dos municípios", enfatizou. Somente na região de Poconé, a 104 quilômetros de Cuiabá, a polícia apreendeu 24 armas e registrou flagrantes de crimes ambientais.

Doze mil pessoas foram abordadas e vistoriadas pela polícia durante os dias da operação, além de 757 veículos checados, 5.620 veículos abordados, 6.922 bagagens vistoriadas. No período, registraram-se 502 ocorrências. A primeira fase da operação Gênesis II foi realizada entre 26 de julho a 2 de agosto. Já a segunda fase, encerrou no último dia 9 deste mês.

Cinquenta e seis 'cabriteiras', estradas vicinais abertas e usadas para facilitar a entrada de drogas no país, foram fiscalizadas pela polícia. "Os problemas [na área de fronteira] estão mais associados aos fatores sociais do que de segurança pública", enumerou o comandante do Grupo Especial de

Segurança de Fronteiras (Gefron), tenente-coronel PM Antônio Mário Ibanez.Ibanez reconheceu que o efetivo empregado na região é abaixo do necessário, mas diz que há a expectativa de crescimento no número de policiais ainda neste ano.

Trinta e sete instituições municipais, estaduais e federais participaram da operação, a exemplo da Força Nacional, Polícias Rodoviária Federal e Federal, além de outras.

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