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A ordem para fazer a reintegração de posse na fazenda experimental da multinacional suíça Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste, no Oeste do Paraná, chegou à Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) na terça-feira - um dia depois que o governador Roberto Requião (PMDB) foi oficialmente notificado.

Caberá agora à Polícia Militar (PM) elaborar um planejamento para cumprir a ordem judicial, expedida no dia 29 de maio pela 1.ª Vara Cível da Comarca de Cascavel, no Oeste do estado. Por questões estratégicas, a data para desocupar a área não será divulgada, entretanto, Requião tem um prazo de 15 dias, a partir da notificação, para cumprir a determinação judicial. Se o prazo não for cumprido, o governador terá de pagar uma multa pessoal no valor de R$ 2 mil por dia.

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O comandante do 6.º Batalhão da Polícia Militar (BPM), de Cascavel, a quem caberá de fato realizar a desocupação, não foi encontrado pela reportagem para comentar a reintegração. Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, na terça-feira, o capitão Rovane Venturin, do comando do 6.º Batalhão informou que a corporação está preparada para, assim que a ordem chegar, cumpri-la.

A fazenda foi invadida em novembro de 2005, desocupada meses depois e novamente ocupada por sem-terra no dia 14 de março do ano passado. Desde essa data advogados que representam a multinacional e o governo do estado vêm travando uma briga judicial. Isso porque, o governo do Paraná é contra o plantio de transgênicos, enquanto a multinacional tem o apoio do agronegócio interessado na novidade.

Por um decreto de Requião, a propriedade chegou a ser desapropriada no ano passado. O governo alegou que a empresa fazia experimentos irregulares de transgênicos, pouco depois da primeira desocupação em novembro de 2005, mas a Justiça anulou o ato. Atualmente 80 famílias de sem-terra estão acampadas no local.