O prefeito do Rio de Janeiroo, Eduardo Paes anunciou, na terça-feira (22), que vai antecipar a Operação Verão com o reforço de agentes da Guarda Municipal na orla da cidade, com o objetivo de prestar apoio à Polícia Militar a partir deste fim de semana.A ação seria iniciada em 3 de outubro, mas diante dos arrastões ocorridos no domingo, foi antecipada. Paes disse que a questão é de segurança pública.
“O que é preciso é que a autoridade se coloque e se empenha como tal. Não vamos tratar quem instala clima de terror como questão social. A lei permite que as Forças de Segurança atuem. Não pode chamar jovem que sobe em teto de ônibus de vulnerabilidade social. São as injustiças do Brasil. Mas vamos justificar então que o sujeito vá para a rua assaltar e agredir quem está na praia? Fizemos 203 creches e vamos chegar ao fim do governo com 331. Mas isso vai demorar um tempo. Eu confesso que não consigo fazer essa justificativa para atos de delinquente. Delinquente tem que ser tratado como delinquente” reforçou.
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‘Era uma criança retardada’, diz a advogada Angela Moss, hoje com 47 anos. Reportagem começou a circular na web após arrastões
Leia a matéria completaAinda na terça-feira (22), o secretário estadual de Segurança, do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse que a Polícia Militar vai reforçar o patrulhamento nas praias da zona sul e que o efetivo das delegacias da Polícia Civil na região também será aumentado nos fins de semana.
O último fim de semana foi marcado por arrastões em bairros da zona sul do Rio. Cerca de 30 suspeitos de furtos foram detidos no sábado, em Botafogo, Arpoador e Ipanema. No dia seguinte também houve tumulto na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, com jovens tentando embarcar em ônibus pelas janelas.
Ainda no domingo, uma onda de candidatos a justiceiros tomou conta das redes sociais, dando a entender que os próprios cidadãos teriam de dar conta de impedir os arrastões e convocando as pessoas a levarem tacos de beisebol e armas de choque para as areias. Paes repudiou essas manifestações.
“Temos que combater também quem quer fazer justiça com as próprias mãos. Qualquer pessoa que cometa delito, seja ela moradora do prédio mais caro da Avenida Vieira Souto ou do lugar mais pobre na Baixada Fluminense, tem que ser reprimida pela força da lei. Como estado, temos que estar presentes. Se esse delito permanecer, a tendência é que os problemas sociais se ampliem. Nenhum turista vem mais para o Rio. Os hotéis não vão pagar IPTU e não vai ter mais dinheiro para construir escolas. O Rio é uma cidade cheia de divisões, problemas e contrastes. Mas se tem um lugar que não pode ser chamada de partida é a praia. E não vamos deixar que seja”, concluiu o prefeito do Rio.
Alguns flagrantes dos tumultos foram filmados por canais de televisão e por populares e mal repercutiram internacionalmente.
Jornais do exterior lembraram que a onda de crimes ocorrem “às vésperas” da realização da Olimpíada na capital fluminense.
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