Temendo assaltos, moradores de Icaraí e bairros da Região Oceânica, em Niterói, pediram e conseguiram que a prefeitura da cidade desligasse os radares que multam avanço de sinal. A portaria, assinada pelo subsecretário municipal de Transportes e presidente da NitTrans, Paulo Afonso Cunha, e publicada nesta terça-feira (18) no Diário Oficial do município, determina que a medida será adotada, entre as 22 e as 6 horas, em algumas vias da cidade. A autuação eletrônica para excesso de velocidade continua. O desligamento só vale para avanço de sinal.
O desligamento dos radares será feito na Estrada Francisco da Cruz Nunes nos números 6.021, 6.266, 6.723, 9.190, em Pendotiba; na mesma estrada, na altura do número 35, no Largo da Batalha. Os outros pontos são na Estrada Caetano Monteiro, número 2.601, em Maria Paula; no cruzamento da Avenida Jansen de Melo com Rua Marechal Deodoro e também no da Avenida Feliciano Sodré com Barão do Amazonas, ambos no Centro.
Em vias que a medida já era adotada, a nova portaria amplia a de janeiro de 2014 que havia determinado o desligamento a partir das 22 horas para avanço de sinal os radares das seguintes vias: Rua Mário Viana, em frente ao Colégio Guilherme Briggs, Rua Noronha Torrezão (na altura dos números 384 e 395), Rua Desembargador Lima Castro (na altura do número 222) e também na esquina das avenidas Roberto Silveira com Almirante Ary Parreiras.
O presidente da NitTrans disse que a motivação da medida não foi apenas a questão da segurança. O processo, segundo ele, já estava sendo desencadeado e já tinha sido adotado em outras vias.
“Taxistas, condutores e até a polícia já vinham pedindo isso a algum tempo. Considerei que à noite poderíamos atender pelo menos na questão do sinal. No excesso de velocidade, não. Durante o estudo percebemos que ocorreram poucos incidentes nos locais que já tinham sido desligados. Ao contrário do que ocorria antes, quando aconteciam vários acidentes por avanço de sinal. Os condutores da cidade conseguiram reduzir em 70% o número de acidentes na cidade. A medida foi amplia como uma espécie de prêmio para os motoristas. Sem afastar a questão da segurança”, explicou Paulo Afonso Cunha.