Brasília - Em depoimento à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, reconheceu ontem que o Estado "falhou" ao colocar em liberdade o pedreiro Admar Jesus da Silva, que confessou ter matado e abusado de seis rapazes, com idades entre 13 e 19 anos, em Luziânia (GO). "É claro que houve um erro grave", disse ele. "As mortes brutais desses jovens estão aí para demonstrar". As falhas, conforme o ministro, devem ser apuradas "para a devida definição de responsabilidades".
Barreto, a exemplo da maioria dos parlamentares presentes, criticou a atuação do juiz da Vara de Execução Penal, Luiz Carlos de Miranda, que autorizou a liberdade provisória de Admar, e se comprometeu a passar a apoiar medidas que antes seu Ministério não avalizava, destinadas a ampliar as penas contra autores de crimes hediondos e dificultar a saída da cadeia de condenados por violência sexual. "Nesse tipo de crime, a progressão não pode e nem deve ser de forma automática, porque a tendência do psicopata é reincidir e ele precisa de acompanhamento integral", disse Barreto.
Admar foi condenado a 14 anos de prisão (pena depois reduzida para dez anos e dez meses) por violência sexual contra duas crianças em Brasília, em 2005, mas foi posto em liberdade em 23 de novembro de 2009, após cumprir um terço da pena. O alvará de soltura contrariou parecer de três psicólogos que consideravam o pedreiro um "psicopata perigoso", com "sinais de sadismo" e de "perversão sexual". Uma semana depois de ser solto, Admar começou a matar os garotos em série.
Os jovens eram atraídos por dinheiro e depois abatidos a pauladas e golpes de enxadão ou de marreta. Para soltar o maníaco, o juiz Luiz Carlos de Miranda se baseou em parecer mais recente, assinado por uma psiquiatra, segundo o qual Admar tivera "bom comportamento" na prisão e não apresentava sinais de distúrbio mental.
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