Prisões do PR tem protesto de agentes e rebeliões com reféns
A quarta-feira (15) foi movimentada em prisões do Paraná.
Pela manhã, agentes penitenciários protestaram contra as condições das prisões do estado.
À tarde, quando o protesto já havia terminado, um grupo de 30 a 40 detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE), também em Piraquara, se rebelaram e fizeram um agente refém.
Após negociação, eles aceitaram liberta-lo em troca da transferência de 18 deles para unidades prisionais mais próximas de suas cidades de origem.
À noite, um grupo de detentas do Centro de Regime Semiaberto Feminino (Craf) de Curitiba, que fica no bairro Tingui, se rebelaram e fizeram duas agentes reféns, reivindicando mais liberdade na admissão de sacolas com mantimentos e roupas, pedindo tratamento igual ao dado aos presos da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara.
A secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná Maria Tereza Uille Gomes, apresentou nesta quarta-feira (15) ao governo do Maranhão o modelo de gestão das prisões paranaenses e as experiências de administração penitenciária bem-sucedidas adotadas no estado.
Maria Tereza Uille destacou a apresentação da ferramenta de Business Inteligence (BI), que permite integrar dados do Poder Executivo e Poder Judiciário para acompanhamento dos presos. "O Paraná tem resultados positivos. Temos planejamento, plano de gestão que mostram resultados", afirma a secretária.
Há cerca de um ano o governo paranaense enfrentou uma situação parecida com a do Maranhão, com ordens de ataques a coletivos e delegacias partindo de dentro de presídios.
Segundo o governo do Paraná, do início de 2011 para cá, houve redução no número de presos, de 30.449 para 28.027 detentos, sem que houvesse aumento na criminalidade no Estado. Nesta quarta, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná divulgou uma queda de 18% no número de homicídios dolosos (com intenção de matar) em 2013, na comparação com o ano anterior.
Outro auxilio para resolver o problema da superlotação das prisões maranhenses virá da colaboração de 30 defensores públicos de vários estados nos próximos 15 dias para auxiliar 21 defensores públicos, 28 promotores e 22 juízes maranhenses encarregados do Mutirão Carcerário. Na sua primeira fase, cerca de 1 mil processos deverão ser revisados.
Nesta quarta-feira (15), o Ministério Público do Maranhão instaurou um procedimento administrativo para apurar denúncias de violência sexual contra mulheres das famílias de presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e dos demais estabelecimentos prisionais de São Luís.
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