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depois de tiroteio

PMs de folga vão reforçar a segurança no Metrô do Rio

Seis dias após o assalto em que morreu um passageiro na bilheteria da estação Uruguaiana do Metrô (centro), a Polícia Militar (PM) anunciou que 15 policiais reforçarão a segurança nas plataformas, todos os dias. Eles prestarão serviço em turnos de oito horas, durante as folgas. O salário vai variar conforme a patente. A distribuição dos PMs pelas 36 estações ainda está em estudo.

Os PMs serão os únicos autorizados a trabalhar armados nas estações, cuja segurança é feita por 382 vigias com tonfas (espécie de cassetete). Eles estarão fardados. Existe ainda um sistema com 800 câmeras de vigilância em todas as estações e em 19 dos 49 trens da frota.

Os policiais foram contratados por meio do Programa Estadual de Integração da Segurança (Proeis), convênio que a PM oferece a empresas e instituições. A remuneração varia também pelas horas trabalhadas (no metrô serão sempre oito): coronel, tenente coronel e major recebem R$ 187,50 por 6 horas, R$ 250 por 8 horas e R$ 375 por 12 horas; capitão e tenente, R$ 150 (6h), R$ 200 (8h) e R$ 300 (12h); aspirante, subtenente, sargento, cabo e soldado, R$ 112,50 (6h), R$ 150 (8h) e R$ 250 (12h). O valor é pago à PM, que o repassa aos policiais.

Segundo a concessionária MetrôRio, que opera o serviço, o convênio começou a ser negociado em abril, depois de dois arrastões dentro de trens, em 12 e 25 de março. Desde 2012 o convênio é usado pela SuperVia, que opera o sistema de trens suburbanos, e pela CCR-Barcas, responsável pelas barcas que ligam o Rio a Niterói, Angra dos Reis, Mangaratiba e às ilhas do Governador e de Paquetá.

A Supervia administra 102 estações e emprega 22 policiais por dia. A CCR-Barcas, 8 estações e 4 PMs. Os turnos são de 8 horas. As concessionárias não informaram se a presença dos PMs reduziu o registro de crimes.

A presença de policiais armados nas estações divide opiniões. Na rede social Facebook, onde a medida já foi divulgada, muitos elogiaram, enquanto outros manifestaram medo de tiroteios nas plataformas.

Para o sociólogo Michel Misse, uma rede de comunicação mais eficaz entre os vigias traria melhores efeitos para a segurança no metrô do que a presença da PM. “Episódios como esse (o latrocínio ocorrido sexta-feira) são muito raros. A presença dos policiais pode ter efeito imediato, ajudando a evitar que o crime se repita, mas, com o tempo, perde o sentido.”

O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, disse que os PMs destacados para o Metrô serão os habituados a agir em multidões, como jogos no Maracanã e o Réveillon em Copacabana. “Os principais efeitos serão melhorar a sensação de segurança e dissuadir eventuais criminosos. O equipamento de segurança mais importante são as câmeras, mas a presença dos policiais intimida mais”.

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