Até a noite desta quarta-feira (15), a polícia ainda não havia prendido nenhum dos cinco integrantes da quadrilha que um dia antes assaltou as agências do Banco do Brasil e do Sicredi em Borrazópolis, no Norte Central do Paraná. Com capuz e armamento pesado, eles usaram 30 pessoas como escudo humano. O valor roubado ainda não foi contabilizado, mas pelo menos R$ 100 mil podem ter sido levados só de uma das agências.
“Nunca vi nada parecido, desde o uso dos fuzis até o fato de um dos vigias do banco ter sido levado no capô do carro para evitar qualquer ação da polícia. São situações que até vemos nos noticiários e não se espera que aconteça em cidades pequenas”, diz o comandante da 6.ª Companhia Independente da Polícia Militar em Ivaiporã, capitão Laércio Sagati.
“Temos diversas diligências em ação e uma série de indícios que, por ora, não podemos divulgar para não atrapalhar as investigações. A quadrilha que organizou os dois assaltos é muito organizada, quase não deixou vestígios. Não estamos lidando com gente amadora”, disse Marcelo Magalhães, delegado do Comando de Operações Policiais Especiais (Cope).
Mais de 30 equipes policiais de diversas cidades da região foram mobilizadas. Policiais do pelotão de Choque de Londrina e do Grupo de Operações Especiais (GOE) de Curitiba foram até Borrazópolis para ajudar no trabalho de localização dos bandidos.
Um dos carros usados no assalto foi localizado pela polícia. O Hyundai I30, onde um dos reféns foi amarrado durante a fuga dos bandidos, estava nos arredores de uma propriedade rural, a 5 km do centro da cidade.
Na fuga, eles dispararam tiros que atingiram um supermercado que fica próximo às agências bancárias.
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