A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) confirmou que três jovens que haviam sido presos na quinta-feira (7) tiveram participação direta em assaltos a lotéricas ocorridos nos últimos dias em Curitiba e região metropolitana. Segundo a polícia, imagens de câmeras de segurança dos estabelecimentos comprovam o envolvimento do trio.
Os acusados foram identificados como Antonio Henrique Bechi Barbosa, de 18 anos, Robinson da Silva Skroka, 19, e Djhonas Ladaninski, 19. A polícia disponibilizou uma imagem em que Barbosa aparece do lado de dentro dos guichês de uma lotérica.
Segundo o superintendente da DFR, Hélcio Piasseta, a polícia chegou ao trio depois de identificar e apreender um automóvel Megane, que teria sido usado nos assaltos. "Nós identificamos o dono do carro que, em depoimento, disse que havia emprestado o veículo para o trio", contou Piasseta. A polícia vai investigar a real participação do proprietário do Megane na quadrilha.
Ações
De acordo com a polícia, o trio é o responsável pelo assalto a uma lotérica que fica na Rua Comendador Araújo, no Centro de Curitiba. A quadrilha também teria roubado duas lotéricas em São José dos Pinhais, região metropolitana. Todos os assaltos foram cometidos depois do início da greve dos bancos.
Segundo a DFR, a quadrilha agia sempre da mesma maneira. Dois dos integrantes do grupo entravam no estabelecimento e se passavam por clientes. Depois que um deles anunciava o assalto, o outro ia para a porta e mantinha a arma apontada para os clientes. O comparsa arrombava a porta que dava acesso aos caixas e efetuava o roubo. "O outro integrante ficava no carro, aguardando a fuga. Segundo as vítimas, eles eram bastante agressivos nas ações", disse Piasseta.
Pelo menos outras duas lotéricas foram assaltadas em Curitiba desde que os agentes bancários cruzaram os braços. Em um dos casos, o agente da Polícia Federal (PF), Edson Martins Matsunaga, 45 anos, foi morto ao tentar impedir a ação dos bandidos, que roubavam uma lotérica ao lado de uma unidade da PF, na Rua Doutor Muricy. A participação dos acusados neste crime não foi confirmada pelas autoridades.
O delegado titular da DFR, Silvan Rodney Pereira, disse que, com o maior movimento nas casas lotéricas, as quadrilhas passaram a mirar estes estabelecimentos. "Com a greve dos bancos, as lotéricas passaram a funcionar como agências, recebendo contas e faturas. Isso chamou a atenção dos bandidos", disse Pereira.