A estudante continua internada na UTI e respira com ajuda de aparelhos
A polícia já descartou a possibilidade do corpo encontrado em Curitiba ser do autor do ataque a um casal de estudantes no Litoral paranaense no fim de semana. O crime aconteceu na tarde de sábado (31), quando o casal estava em uma trilha no Morro do Boi e tentava chegar à Praia dos Amores. O estudante de Direito Osíris Del Corso, 22 anos, foi morto com um tiro no peito. A namorada dele foi violentada e baleada. Ela permanece internada na UTI.
De acordo com Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP), o homem que teria se suicidado na segunda-feira (2), em Curitiba, não é suspeito do crime. O corpo seria de um militar e está no Instituto Médico Legal da capital. A polícia recebeu informações que ele esteve no litoral no último fim de semana, quando ocorreu o crime. Ainda na quarta-feira (4) a polícia descartou o envolvido do homem.
O corpo não teria as características físicas do assassino, descritas pela estudante para os bombeiros no momento do resgate. A SESP não soube informar se o corpo já passou por exames de DNA para comparar com amostras de sangue coletadas de uma camisa encontrada na cena do crime.
Em entrevista ao telejornal ParanáTV 2ª edição, Lorival Pegorare da Silva, pai da estudante, disse acreditar que a polícia vai pegar o autor do crime. "Eu estou tranquilo. Sei que ele vai pagar pelo que ele fez".
Silva, que é advogado e mora no Mato Grosso do Sul, disse que a recuperação da filha é um presente. "É um presente de Deus saber que ela está se recuperando e saber que poderemos vê-la em nosso meio para poder beijá-la, poder abraçá-la. Ao contrário a do namorado dela que a família perdeu. A gente está muito sentido por isso. Nosso sentimento é de ter perdido um filho e agora estar recuperando outro", disse.
Tragédia
O crime aconteceu no sábado (31), quando o casal, que é de Curitiba, estava em uma trilha no Morro do Boi e tentava chegar à Praia dos Amores. No caminho, os dois foram atacados. A informação inicial era de que eles teriam pedido orientação a um desconhecido, que se ofereceu para guiá-los, mas a polícia já não confirma mais essa versão.
A moça contou aos bombeiros que, chegando à gruta da praia, por volta das 17h30, o agressor tentou abusar sexualmente dela. Na tentativa de defendê-la, o namorado levou um tiro no peito e morreu. A moça foi atingida por dois tiros nas costas, um deles na coluna, e ficou caída no local, enquanto o agressor fugiu. Perto das 21 horas, segundo relatos da própria vítima aos bombeiros que a resgataram, o agressor voltou até o local do crime e a violentou. Os dois só foram localizados na tarde de domingo (1º). A jovem esperou por 18 horas na mata até ser resgatada.
A única pista do assassino é uma camiseta encontrada pela Polícia Civil na tarde de segunda-feira (2), na trilha. Os policiais já identificaram que os tiros que mataram o rapaz e feriram a garota são de uma arma calibre 38.
O suspeito é um homem que tem entre 1,78 e 1,85 metro de altura, cabelo curto e encaracolado com entradas de calvície. O rosto é redondo e ele é grande estruturalmente e tem barriga. A cor dos olhos é castanho claro e o tom de pele é moreno claro. O retrato falado do assassino só será feito e divulgado depois que a estudante estiver em condições físicas e psicológicas de falar com a polícia.
Estado de saúde
Na quarta-feira, a estudante de 23 anos baleada no último fim de semana no Morro do Boi, em Caiobá, respirou pela primeira vez sem aparelhos desde sua internação. Segundo os médicos, a paciente demonstrou raciocínio normal durante o período em que ficou fora dos aparelhos. A dificuldade de respirar, entretanto, fez com que o equipamento fosse religado.
O boletim médico publicado pelo Hospital Vita, onde a jovem está internada, ainda não fala das possíveis sequelas que ela poder ter: a avaliação neurológica definitiva só poderá ser feita quando ela respirar naturalmente.
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