A Polícia Civil encontrou pelo menos sete corpos em um terreno na região do Parque das Cerejeiras, na zona sul de São Paulo, na quinta-feira (25). De acordo com as investigações, o cemitério clandestino era utilizado pelo “tribunal do crime” da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os restos mortais estavam em valas horizontais e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e 6.ª Delegacia Seccional Sul têm informações de que os “réus” da facção criminosa eram obrigados a cavar os buracos onde foram enterrados antes de receber a “sentença”.
Durante a manhã e a tarde desta sexta, 26, homens do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e investigadores faziam buscas no local com cães farejadores. Três corpos foram encontrados em valas próximas umas das outras. A região fica no limite entre a capital e a cidade de Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo.
As investigações tiveram início com um levantamento de pessoas desaparecidas na região. Segundo o delegado do DHPP Rodrigo Petrilli, o corpo mais recente do local pode ter sido enterrado há 15 dias. “As vítimas podem ter sido tanto mortas aqui como trazidas já assassinadas. Estamos tentando identificar os corpos para saber os motivos de terem ido parar no local”, afirmou.
Ele explicou que nenhum dos restos mortais encontrados estava com documento nos bolsos das roupas e também não foi possível distinguir o sexo das vítimas. Em algumas covas os policiais encontraram cal, substância usada para acelerar o processo de decomposição dos corpos.
O delegado da 6.ª Seccional, Mitiaki Yamamoto, faz uma investigação paralela em conjunto com DHPP. Ele não revelou o que leva a Polícia Civil a acreditar que se trate de um tribunal do crime, mas “há forte indícios de que as vítimas tenho sido obrigadas a cavar as próprias covas”. Até o início da noite, ninguém tinha sido preso.
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