Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Durou menos de duas horas a reconstituição feita pela polícia na manhã desta quarta-feira (7) do confronto entre integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e seguranças particulares na área da fazenda multinacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste. O confronto aconteceu no 21 de outubro e terminou com a morte de um sem-terra e de um segurança.

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A reconstituição poderia ter sido mais esclarecedora se os seguranças tivessem participado. A avaliação é do delegado Renato Bastos Figueiroa, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). "Os seguranças foram intimados a participar, mas preferiram não comparecer. É uma pena, pois eles poderiam apresentar sua versão para os fatos e ajudar nas investigações", disse Figueiroa por telefone.

O inquérito, segundo o delegado, entrou na fase de conclusão, mas os laudos feitos pela perícia é que vão nortear o fim dos trabalhos da polícia. "Sem dúvida os laudos são importantes para delinear o que de fato aconteceu naquela manhã do dia 21. O resultado desses laudos deve estar pronto até o fim desta semana", disse. O inquérito deve ser encerrado até o dia 20 deste mês - 30 dias após o tiroteio.

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Nesta quinta-feira (8), 20 pessoas que testemunharam o confronto armado foram intimadas para depor. Apesar de admitir que a polícia já tem fortes indícios dos responsáveis pelo tiroteio, o delegado prefere não comentá-los para não atrapalhar as investigações. "Temos certeza de que os dois lados (segurança e sem-terra) fizeram disparos. Dois seguranças foram apontados pelos integrantes do movimento por envolvimento no confronto armado", contou o delegado.

Mais de 15 dias depois do tiroteio, a polícia ainda não identificou os integrantes do MST envolvidos no fato. A arma utilizada por eles também é uma lacuna na investigação. "Esperamos solucionar todas as dúvidas com os exames da perícia", concluiu Figueiroa.

Cerca de 20 policiais civis da 15.º Subdivisão Policial de Cascavel e do COPE, com o apoio de dois peritos do Instituto de Criminalística de Curitiba, participaram da reconstituição feita na manhã desta quarta-feira (7).

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