A Polícia Militar prendeu na noite desta quarta-feira (20) um terceiro suspeito de agredir e matar o médico Benício Orlando Saraiva Leão Filho, 39 anos, no campus da USP (Universidade de São Paulo), no Butantã, na zona oeste de São Paulo. O crime ocorreu em dezembro do ano passado.

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O suspeito foi preso por volta das 18 horas na região do Butantã por policiais que faziam patrulhamento de rotina. Ele é o homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança roubando objetos do médico. Ele levado ao 93º DP (Jaguaré).

Em dezembro, a polícia prendeu Tarcisio Fernandes Peres, 18, identificado pelas imagens das câmeras de segurança do campus, confessou que agrediu Leão Filho com uma pedra. Ele permanece preso na carceragem do 77º DP (Santa Cecília).

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O depoimento de Peres permitiu que os investigadores chegassem a outro envolvido, um menor de idade, que está na Fundação Casa, segundo a Polícia Civil.

Agressão

O ex-aluno da Faculdade de Medicina da USP Benício Orlando Saraiva Leão Filho, 39, foi agredido dentro da Cidade Universitária, na zona oeste da cidade, após sair de uma festa no dia 4 de dezembro. Ele morreu pouco mais de uma semana depois da agressão no hospital onde estava internado.

Câmeras de seguranças do campus registraram o momento em que o ex-aluno da Faculdade de Medicina da USP foi agredido por um grupo de pessoas. De acordo com a polícia, o médico dirigia seu carro -um Fiat Punto preto- na rua da Reitoria quando esbarrou em uma bicicleta que estava mal estacionada na via.

Leão parou o carro e duas pessoas se aproximaram. A polícia disse que o médico saiu do carro com uma barra de ferro, o que motivou o princípio de tumulto. Outras pessoas se aproximaram, quando um dos jovens atirou uma pedra no médico que caiu no chão e foi agredido. Nesse momento, um dos homens entrou no carro e roubou uma mochila, e um objeto que estava dentro do carro.

A USP disse, em nota, que o médico participou de uma festa tradicional, chamada “Quinta e Breja”, realizada nas imediações da ECA (Escola de Comunicações e Artes) da instituição. A instituição disse que lamentava o fato e que Leão foi “covardemente espancado”.

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Na ocasião, a Reitoria da USP informou, em nota, que a festa não tinha autorização e que “a promoção, organização ou realização de evento não autorizado implicará sanção aos responsáveis, bem como a compra, a venda, o fornecimento e o consumo de bebidas alcoólicas”.

Em dezembro do ano passado, o Conselho Gestor da USP aprovou regulamento que proíbe a realização de festas no local após a morte do estudante Victor Hugo Marques dos Santos, 20, encontrado na raia olímpica da USP em setembro, após ir a um evento no campus.