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Carrinho do bebê destruído e compras espalhadas pelo chão: impacto violento | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Carrinho do bebê destruído e compras espalhadas pelo chão: impacto violento| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Londrina - A polícia ainda não tem pista do motorista do veículo que atropelou uma família à margem da Rodovia Carlos João Strass (PR-545), na zona norte de Londrina. O acidente ocorreu na noite do último domingo, matando duas pessoas e ferindo uma terceira. Jacqueline da Silva de Moraes, de 23 anos, e a filha Ana Beatriz de Moraes, 2, morreram na hora. O marido de Jacqueline e pai da criança, Ricardo Santos de Moraes, de 25 anos, teve traumatismo craniano e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico. O motorista fugiu sem prestar socorro às vítimas.

O acidente aconteceu por volta das 19 horas. A família havia ido fazer compras em um supermercado na Avenida Saul Elkind e voltava a pé para casa, no Conjunto Violim, quando foi atingida pelo veículo. A família caminhava por uma área gramada ao lado da pista. Segundo o perito Marco Antonio Otta, do Instituto de Criminalística, Jacqueline e Ana Beatriz teriam sido arrastadas. "Do ponto de impacto até onde elas foram encontradas, medimos a distância de 21 metros, o que indica que a mãe e a filha permaneceram sob o veículo", explica. Ricardo foi socorrido e encaminhado ao hospital.

As compras feitas no supermercado haviam sido acomodadas no carrinho de Ana Beatriz, que estava no colo da mãe. Ontem de manhã, o carrinho continuava no local do acidente e as compras, espalhadas.

Uma parte do farol do veículo foi recolhida na pista e, conforme o perito, outra peça foi encontrada a cerca de 8 km do ponto onde ocorreu o atropelamento. "Algumas pessoas avistaram alguém que jogava um pedaço de uma peça no acostamento da rodovia. A PM foi ao local e apreendeu o objeto, que é usado na parte de baixo do para-lamas. No entanto, ainda não podemos relacionar essa peça ao acidente, porém ela passará por perícia", comentou Otta.

O perito afirmou ainda que o fato de o veículo não ter permanecido no local dificulta o cálculo da velocidade na qual ele trafegava. Aquele trecho da rodovia é de perímetro urbano e a velocidade máxima permitida é de 60 km/h.

O comandante da Companhia de Trânsito de Londrina (Ciatran), tenente Ricardo Eguédis, disse não ser possível determinar com precisão a qual modelo de veículo pertencem as peças recolhidas no local do acidente. "As peças pareciam ser parte da dianteira de um para-choque, mas entregamos todas elas à perícia, que deve fazer o trabalho de identificação", afirmou Eguédis. Quem tiver pistas sobre o responsável pelo atropelamento pode ligar no disque-denúncia, no número 181. A identidade do autor do telefonema é mantida em sigilo.

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