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Polícia vai investigar supostas denúncias de uso de álcool e drogas em escolas ocupadas

 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
(Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

O secretário de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp), Wagner Mesquita, afirmou que órgãos policiais investigarão eventuais denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes que estão nas mais de 750 escolas ocupadas no Paraná. A afirmação foi feita em entrevista coletiva no fim da manhã desta quarta-feira (19), na sede da pasta no Centro Cívico, onde ele receberia pais e alunos que queriam retorno das aulas, conforme divulgado pelo governo estadual.

Na reunião, no entanto, compareceram vários movimentos organizados, como o “Nas Ruas”, o “Movimento Popular de Fiscalização Política” e “Curitiba Contra Corrupção”. Eles afirmaram que representavam alunos e pais que foram ameaçados e que não compareceram por receio da exposição.

Na reunião, segundo a pasta, foram levadas denúncias de ameaças e uso de álcool e drogas nas escolas ocupadas. Não foi mencionado nenhum caso específico publicamente, mas o secretário prometeu investigá-las. A reunião foi fechada para a imprensa.

Até segunda-feira (17), cerca de 70% das escolas ocupadas por estudantes em Curitiba já haviam sido visitadas pelo Conselho Tutelar, e nelas não foram encontradas irregularidades. A informação é da Coordenação da Comissão de Educação do órgão de Curitiba.

“Mas, enquanto houver escolas invadidas e menores sujeitos a isso, a fiscalização tem que ser constante”, disse o secretário, que informou que pedirá o acompanhamento do Ministério Público na fiscalização.

Apenas um professor estadual da ativa compareceu à reunião. Gilmar Tsalikis é professor de inglês no Colégio Estadual Rosilda de Souza, no bairro Guarituba, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele afirmou ter sido ameaçado se comparecesse à escola em que trabalha.

“Temos algumas pessoas que sofreram ameaças. Eu sou uma delas. Recebi por meio de alunos e outros pais. E me disseram que eu não poderia ir à escola dia tal. A gente fica com medo e tem que tomar atitude”, disse. Questionado sobre o fato de outros professores e alunos não encamparem a ideia de pedir providências ao secretário, ele disse que não tem acesso aos contatos de pais e alunos na escola, pois não consegue ingressar no estabelecimento, por causa da ocupação.

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