O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), denunciou 12 policiais militares por uma série de crimes, como homicídio, tortura e ocultação de cadáver. As denúncias se referem a dois casos distintos, ocorridos no ano passado, na capital e na região metropolitana. O Gaeco pediu à Justiça a prisão preventiva de todos os acusados.
Uma das denúncias diz respeito a um triplo homicídio, registrado em outubro do ano passado, no bairro Umbará. De acordo com o Gaeco, pouco depois de uma casa ter sido assaltada, três suspeitos foram detidos por cinco policiais militares. Mas, ao invés de serem conduzidos à delegacia, os PMs teriam os levado a um matagal, onde os três foram executados, com tiros disparados a curtíssima distância, na cabeça ou no peito.
Em seguida, os agentes teriam adulterado a cena do crime e colocado armas de fogo ao lado dos suspeitos, a fim de simular que houve um confronto. Oficialmente, um dos policiais preencheu o boletim de ocorrência, afirmando que houve tiroteio com os assaltantes. Os cinco PMs foram denunciados por triplo homicídio qualificado e falsidade processual (esta, na tentativa de maquiar a "cena do crime").
Caso Edenilson
A outra denúncia está relacionada ao desaparecimento do ajudante de pedreiro Edenilson Murillo Rodrigues. Segundo a apuração do Gaeco, sete policiais invadiram a chácara em que ele morava, em Piraquara, na região metropolitana, o algemaram e o torturaram, com chutes, tapas, asfixias e afogamentos. Edenilson não resistiu e morreu durante as agressões consecutivas. Em seguida, os policiais teriam enrolado o corpo da vítima em um cobertor, colocado em uma viatura e "levando-o a um local ignorado, ocultando-o".
A Gazeta do Povo pediu à PM um posicionamento sobre ambos os casos, mas ainda não houve resposta da corporação.
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