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Policial de UPP é morto com três tiros em praia do Rio

Logo após pedir uma água de coco e de se sentar debaixo de um guarda sol, Carlos Eduardo Conceição Dias, 32, cabo da Polícia Militar do Rio, foi morto, na tarde desta quinta (20), na praia da Reserva, zona oeste da cidade.

Eduardinho, como era conhecido, foi atingido por três tiros na cabeça. O policial era ex-genro do miliciano Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, que cumpre pena em um presídio federal.

Policiais da Divisão de Homicídios investigam duas hipóteses para o crime: se foi motivado por uma ação passional pela recente separação do PM com a filha do miliciano ou se tem algo a ver com a milícia Liga da Justiça. A quadrilha é apontada pela polícia como a maior do Rio.

De acordo com testemunhas ouvidas pelos investigadores, Eduardinho chegou à praia acompanhado de uma mulher. Após se acomodar na praia, o casal foi surpreendido por dois homens, que chegaram de moto.

Os suspeitos, que foram à praia de moto, caminharam pela areia até o policial, e então efetuaram os disparos. Eduardinho estava apenas de sunga e com uma pulseira de ouro. Morreu na hora.

A mulher, vista com o PM por testemunhas, não foi encontrada por bombeiros e policiais civis que chegaram ao local do crime pouco depois das 13h30.

Afastada das praias da zona sul do Rio, a Reserva não tem residências próximas e está numa área de classe média alta do Rio. No momento do crime, estava deserta.

Chamou ainda atenção dos investigadores que Eduardinho foi à praia em uma BMW branca, ano 2011. O veículo está avaliado em R$ 75 mil. Em seu interior foi encontrada uma escopeta.

Desde quando era soldado, o PM vinha sendo lotado no principal programa de segurança do governo do Estado: as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

Atualmente, estava na UPP Fazendinha, uma das 12 favelas que compõem o Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. O local vem registrando uma série de confrontos entre policiais e traficantes.

O salário do policial é de cerca de R$ 3.000. De acordo com colegas da unidade, ele pouco comparecia aos plantões no morro, prática que vinha sendo adotada desde 2013 em outras UPPs.

Liga da Justiça

Separado da filha de Ricardo Batman, Eduardinho mantinha ainda ligação com o grupo. Pelo menos, é o que se vê nas redes sociais.

Em seu perfil na internet, o policial militar aparece usando um anel com o símbolo do personagem dos quadrinhos Batman.

O desenho é a principal representação da milícia Liga da Justiça que domina bairros da zona oeste da cidade, cobrando taxas sobre serviços como fornecimento de luz, transporte e até água.

A quadrilha é investigada por invadir e expulsar moradores de 39 conjuntos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida no Rio.

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