| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Uma policial militar foi assassinada na tarde de sábado (24) dentro de uma loja em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Bárbara Aline Gonçalves da Rocha tinha 24 anos e foi morta a tiros.

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O assassinato foi por volta das 17h30 em uma loja na Rodovia João Leopoldo Jacomel, no bairro Maria Antonieta. Bárbara estava na loja, que era do irmão dela, quando bandidos estacionaram um Fiat Uno do lado de fora e, um deles armado, foi ao local.

O rapaz a rendeu e mais uma mulher, que estavam sentadas na entrada do estabelecimento, e pediu a arma da soldado. Ela nem sequer esboçou reação, entregando-lhe a arma. Em seguida o bandido atirou contra a cabeça da policial, que morreu na hora.

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Os dois bandidos fugiram e agora as forças policiais, tanto a Polícia Civil como também a Polícia Militar e a Guarda Municipal, trabalham para encontrá-los. Um dos autores do crime teria se entregado, na madrugada deste domingo (25), à Polícia Civil, mas a informação ainda não foi confirmada.

A soldado Bárbara estava há três anos na corporação e atuava no Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd), em Piraquara. Há cerca de uma semana, ao reagir a um assalto, a moça teria trocado tiros com os bandidos, na cidade onde trabalha.

No dia da reação, os bandidos abordaram a jovem para tentar roubar dela o carro, mas não sabiam que ela era uma policial e, por isso, houve o confronto.

A polícia não divulgou nenhuma informação, até o momento, sobre os suspeitos.

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Comoção no enterro

A soldado foi enterrada na tarde deste domingo na cidade de Quatro Barras, na Região Metropolitana, em clima de muita tristeza.Para os familiares, a perda de um membro da família numa data como a de hoje foi de muita dor. “A Bárbara foi bárbara, só para reafirmar como o nome dela se parecia com ela”, disse um primo. A avó da policial estava inconformada e a toda hora chamava a neta. “Está sendo muito triste para nós passarmos o Natal assim. A data nunca mais será a mesma”, lamentou o primo.

Entre os policiais presentes no velório e enterro, o clima era de tristeza e de revolta. “Apesar de sermos treinados para isto, nunca estamos preparados. É uma dor imensa para os colegas e familiares”, lamentou a Coronel Audilene. De acordo com ela, a policial foi uma excelente companheira. “Ela sempre foi orgulho pela forma como conduzia o trabalho”, elogiou.

Colegas da soldado afirmaram durante o velório que acreditam que o autor dos disparos era comparsa do bandido que a soldado baleou no último dia 17. “Eles sabiam onde ela estava e horário. Não foi coincidência ela ter participado da ocorrência e depois ser morta”, disse uma soldado que não quis se identificar. Ela se formou na mesma turma de Bárbara.

“Estamos fazendo as diligências. Ainda é cedo para afirmar que foi vingança”, disse o tenente coronel Eroni Roberto Antunes, que também era comandante da soldado. De acordo com ele, existe uma força tarefa entre a Polícia Militar, Guarda Municipal de Pinhais e Polícia Civil para chegar aos autores do crime o mais breve possível. “Ela era uma excelente profissional. Sempre foi um orgulho a forma profissional como ela conduzia as operações”, elogiou. “Nesse exato momento tem diligências apurando. Este é o tipo de crime que não pode ficar impune”, assegurou.